FOTO: Aylla Bomfim |
Da esquerda para direita, Milenna Silva e Rayanne Moraes. FOTO: Ana Clara Silva |
Morgana Oliveira. FOTO: Juliana Pereira |
FOTO: Aylla Bomfim |
Da esquerda para direita, Milenna Silva e Rayanne Moraes. FOTO: Ana Clara Silva |
Morgana Oliveira. FOTO: Juliana Pereira |
Representantes
dos setores da sociedade civil organizada, empresarial, poder público e
universidades participaram da V Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e
Inovação – Etapa Macroterritorial, realizada na Universidade do Estado da
Bahia, em Juazeiro, e organizada pela SECTI. A finalidade foi formular propostas para definir os rumos
da ciência, tecnologia e inovação do estado, orientar a Estratégia Nacional de
Ciência, Tecnologia e Inovação – ENCTI 2025-2035, que será elaborada por todos
os segmentos do país de 4 a 6 de junho.
Foto: Ana Clara Silva |
Cerca de 80 participantes se reuniram para discutir reformular os documentos elaborados na 4ª CECTI, ocorrida em 2019, divididos nos eixos: recuperação, expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação; reindustrialização em novas bases e apoio à inovação nas empresas; ciência, tecnologia e inovação para programas e projetos estratégicos nacionais; e ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento social. Na etapa macroterritorial, foram escolhidos os representantes de cada eixo para contribuírem à conferência estadual, a ser realizada em Salvador, em 4 a 5 abril.
Além disso, foi apresentado o programa Bahia + Inovadora,
criado pela SECTI e vinculado a Fundação de Amparo À Pesquisa Da Bahia
(Fapesb), que busca estabelecer fomento financeiro ao interior do estado, para
que as ações voltadas às CT&I ́s sejam criadas.
“O Bahia + Inovadora é um conjunto de iniciativas que se
baseia em dois pilares: a descentralização dos investimentos públicos em CTI, e
o desenvolvimento social, econômico e sustentável, em regiões como no Recôncavo, Sertão São Francisco, Chapada Diamantina,
por meio de parques tecnológicos, centros de inovação, Instituto de ciências e
os espaços colaborar”, destaca Sócrates Santana, coordenado de Assuntos
Estratégicos da SECTI.
Foto: Ana Clara Silva |
O coordenador destaca que, para que
haja o fortalecimento do ecossistema de inovação, é preciso que o programa de
conectividade do estado seja acessível para todos. “O Bahia + Inovadora
busca agir nas bases, como através do programa de conectividade, que concede
internet gratuita a todas as cidades, e também às universidades públicas e
escolas da educação básica”, pontua.
Quanto à formação para utilizar essas tecnologias e buscar um sistema de CTI’s mais estruturado e com profissionais aptos a atuar no segmento, Sócrates reforçou a importância da formação, por meio de cursos de capacitação em tecnologia, Inteligência artificial, economia circular e verde. Os cursos, disponíveis no site da SECTI, podem ser feitos por todo o público, não restrito somente aos estudantes, professores e pesquisadores.
Para o professor da Uneb, Josemar Martins, coordenador do eixo recuperação, expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, é necessário refletir sobre as implicações e problemas à efetivação das propostas de CTI’s, que vão desde combater as desigualdades sociais, não permitindo que todos acessem e aprendam, à falta de internet de qualidade, equipamentos e softwares necessários.
Foto: Levi Varjão |
O professor destaca que é preciso
pensar o alcance e impacto da sociedade 5.0, se de fato o país se
encontra nesse estado, quando direitos básicos muitas vezes não são garantidos.
Ele alerta ainda que as tecnologias devem surgir e serem
usadas para atividades concretas, que de fato facilitem a vida – os problemas
diários –, e não somente sejam sobre uso de telas.
As Conferências Macroterritoriais da Bahia seguem, nos territórios de identidade, até o dia 5 de abril, quando acontecerá a estadual, em Salvador. As regionais ocorrem em abril e a nacional em junho, entre os dias 4,5 e 6, em Brasília. Saiba mais: http://www.secti.ba.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=137
Para saber mais das Conferências Regional e Nacional, sigam as redes sociais @sectibahia
Reportagem por Ana Beatriz Menezes, estudante de Jornalismo em Multimeios.
O estudante da Rede Pública, Daniel Costa, amante da leitura, iniciou seu hábito por estímulo dos professores de literatura. O acesso à biblioteca permitiu que ele se tornasse um leitor assíduo e expandisse seus conhecimentos. “ O ambiente escolar afetou minha vida de leitor significantemente, pois foram importantes no meu crescimento educacional”, afirma.
Assim como o jovem, outras pessoas têm se interessado pela leitura através do incentivo da escola em implantar bibliotecas e práticas de leituras. Isso acontece porque a Política Nacional de Leitura e Escrita, instituída pela Lei 13.696/18, concede o acesso aos livros, às leituras, à literatura e às bibliotecas em ambiente escolar. Para que o hábito da leitura seja sistemático na juventude, a estrutura de locais e escolas que compactuam com tais práticas é importante.
O estudante Daniel Costa Rodrigues é um frequentador assíduo da biblioteca |
Segundo a Mestra em literatura, Celma Vieira, o planejar sistematicamente das atividades literárias, o uso de livro, as trocas de ideias com os alunos é um meio para ampliar as possibilidades deles lerem.“O processo de gosto pela leitura e letramento literário deve ser sistemático”, diz ela.
Além disso, a pesquisadora, compartilha suas práticas em sala de aula incentivando os alunos a viajarem no mundo encantado da leitura e a utilizar e se apropriar dos meios digitais para somar ao conhecimento literário dentro da escola. “Na atividade do terceiro bimestre, usei Podcasts com os contos de Machado de Assis, eles ficaram impressionados com Assis e assistiram na televisão em sala de aula seus produtos, o que reverbera no avanço na educação”, relata.
A professora Celma Vieira dos Santos estimula a leitura por podcasts nas aulas. Foto: Ewerton Ramos. |
Para a pós graduanda em Comunicação e Marketing, Kemylly Maryana, a leitura sempre foi um momento de refúgio e de autoconhecimento. A mesma utiliza as plataformas digitais para se beneficiar do mundo da leitura desenvolvendo habilidades para seu trabalho. “ A leitura me proporciona ideias para minha escrita, poesias e experiências extraordinárias para narrar e colocar meus sentimentos para fora. O Kindle e o aplicativo Wattpad tem me ajudado bastante na leitura, sendo de fácil acesso e têm bastante livros disponíveis, desde clássicos à fanfic.”
Kemylly Lopes faz leituras mediadas pelas tecnologias |
Já para o jovem Tiago Nunes, formado em Ciências da Computação, o hábito da leitura chegou tardiamente em sua vida, sobretudo devido à falta de encorajamento da escola. No entanto, mesmo adquirindo esse interesse tardiamente para se aventurar no mundo da leitura, ele afirma a importância em sua vida pessoal e o quanto é mais enriquecedor em termos de aprendizado. "Percebo o quanto a leitura me ajudou a me desenvolver intelectualmente e profissionalmente, além de abrir portas para novos conhecimentos", fala o jovem.
Tiago Nunes avalia que a leitura o ajuda no crescimento profissional |
O mundo da leitura na juventude proporciona uma viagem para vivenciar aventuras divertidas, emocionantes e tristes, como também levá-los a lugares diferentes através da imaginação, que pode ajudar no crescimento intelectual. É importante o investimento em bibliotecas nas escolas e mais práticas em sala de aula incentivando sistematicamente os alunos a serem leitores assíduos.
O uso das tecnologias, como de kindle e podcasts para propagar e encorajar jovens para esse universo crítico, pensante e emotivo da leitura através das plataformas digitais é interessante. Sobretudo, se apropriando desse avanço tecnológico nessa geração para incluir e tornar os jovens leitores assíduos.
Por Vanessa Taratá, estudante de Jornalismo em Multimeios.
A batalha de rima é uma modalidade importante da cultura Hip hop, comum em metrópoles, como as cidades de São Paulo e o Rio de Janeiro, de onde saem Mc’s famosos e premiados. Elas são responsáveis por descobrir talentos musicais, como o rapper Leandro Roque de Oliveira, um “filho” das batalhas de rima, que, diante de sua invencibilidade, se consagrou nesse meio, onde adotou o nome de EMICIDA. O artista é hoje considerado um dos rappers mais influentes do país e um dos maiores MCs de batalha do Brasil, tornando-se influência para vários jovens que sonham em ser MC’s.
Através da música “rinha”, o rapper Emicida coloca para fora o sentimento vivenciado pelos Mc’s de batalha ao descrever o que acontece nesses espaços, a emoção dos artistas ao ouvir o beat do DJ e a vibração da plateia. “Sente o grave batendo com o coração, família, levanta a mão pra honrar o compromisso, como eu vou dizer que o hip-hop morreu, vendo isso”
É assim que os MC’s se sentem e consideram a batalha de rima um espaço sagrado e até preferem pisar neste solo descalços, como uma espécie de reverência.
No Nordeste, também há espaço e talento para essa manifestação cultural. Na cidade de Juazeiro, no Vale do São Francisco, nasce a Batalha da Lagoa, que vem se expandindo e completou recentemente um ano de sua criação, reunindo no mês de setembro MCs famosos da cidade de São Paulo, como também o vencedor do duelo de MCs nacional, em 2019, o nordestino de Juazeiro do Norte, MCharles.
A BATALHA DA LAGOA
Iariel Gomes, organizador da Batalha Da Lagoa, conta que a iniciativa de criar a batalha surgiu após perceber que havia uma pausa nas batalhas de rima na cidade. A Batalha da Lagoa ganha esse nome porque as batalhas aconteciam no parque Lagoa de Calú, conhecido e frequentado na cidade de Juazeiro, no Norte da Bahia.
Após um ano de fundação, Iariel percebeu mudanças na cena do hip-hop do vale do São Francisco, como principal, o surgimento de outras batalhas na cidade, acredita que mais de cinco batalhas estejam acontecendo no vale do São Francisco.
Além disso, ele enxerga na iniciativa uma oportunidade de encaminhar jovens através da arte, tanto os Mc’s, quanto o público que frequenta os duelos.
O produtor aponta questões relacionadas ao acolhimento entre esses jovens. “É uma irmandade, uma família”. Ele vem percebendo a cada edição um aprimoramento no talento desses Mc’s que são jovens e adolescentes empenhados, artistas que aguardam um futuro retorno financeiro desse movimento.
Nessa caminhada de descoberta de talentos por meio da arte da cultura hip-hop também há dificuldades, principalmente para a manutenção do projeto e formação de público. Sem apoio financeiro, patrocínio ou apoio de órgãos do poder público, Iariel conta que esse trabalho é realizado com recursos próprios.
TALENTOS EM ASCENSÃO
Com o advento das tecnologias e das plataformas digitais, as batalhas se tornam cada vez mais acessadas nas redes sociais, tornando os MCs astros que acumulam seguidores e visualizações, além da oportunidade de receber premiações nas competições através de patrocínios de empresas.
Osama MC é um rapper de 21 anos que conheceu as batalhas de rima através de Emicida e enxergou nele uma inspiração. Natural de Senhor do Bonfim e residente de Juazeiro (Bahia), começou sua trajetória em 2016, rimando em grupos de WhatsApp e em sua cidade natal, lá foi ganhando notoriedade e começou a ir duelar em outras cidades.
Foto: Laíse Ribeiro. |
Nessa caminhada, o artista aponta que também encontra dificuldades e as principais são a falta de apoio financeiro e a discriminação, ainda recorrente no segmento artístico.
O rapper acredita que esse movimento é muito importante para a cultura local e ainda para o protagonismo dos jovens da cidade, pois valoriza a cultura e possibilita novas vivências para esses jovens e crianças.
Talento em ascensão, Vitu Mc acumula títulos e vitórias em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e alguns outros estados. Começou a batalhar em 2016, em Vitória de Santo Antão, município pernambucano e sua cidade natal, lugar que ainda não vivenciava a cultura hip-hop através das batalhas. Em 2018, após vários duelos, Vitú começa a viajar para duelar na capital, Recife e lá se torna vencedor estadual nesse mesmo ano.
O artista encontra referenciais de talento e inspiração em Rapadura e Don L, nordestinos que ganharam sucesso e notoriedade através da rima e que representam o Nordeste quando se trata desse movimento cultural. Como um jovem nordestino, ele acredita que apesar das dificuldades enfrentadas, é possível fazer hip-hop no Nordeste.
Vitú aposta no poder da movimentação cultural que está acontecendo na cidade através da Batalha Da Lagoa, com a vinda de artistas de outros estados que dão visibilidade a cena do Vale do São Francisco. A partir desse pensamento, o artista aponta que esse movimento deve receber uma maior visibilidade e atenção, principalmente do poder público, “porque isso só fortalece e aumenta o patrimônio cultural da cidade”.
“Uma roda de gente e uma caixinha de som”. É assim que Moab, jovem de 18 anos e público assíduo da Batalha da Lagoa relembra como aconteciam os primeiros duelos. O jovem percebe mudanças nesse cenário, pois agora já é possível a presença de artistas de outros estados do Brasil. Considera importante essa arte e seu desenvolvimento na cidade, principalmente para os jovens e crianças que se inspiram nos Mc’s e que sonham em ser futuros artistas, tendo agora um espaço para isso em sua cidade.
Foto: Produção da Batalha da Lagoa. |
"Um sonho, uma cultura, um ideal, um amor
Um sonho, uma conquista, eu peço nesse louvor"
Assim como neste verso de "rinha", música que descreve esse movimento, talvez essa seja a prece de todos os mc's que saem para batalhar em busca de se sentir pertencentes, jovens com sede e fome de vencer, que encontram nesse espaço de duelo sua fonte de conhecimento, vivência e protagonismo.
Por Laíse Ribeiro, estudante de Jornalismo em Multimeios.
Foto: Micaelly Nery |
Às margens do Velho Chico, a juventude aproveita o calor do sol para se divertir. Na orla, é possível visualizar jovens de diversas faixas etárias desenvolvendo atividade esportiva, caminhada, natação, ciclismo ou apenas sentados para conversar e aproveitar o pôr do sol.
Nesse ambiente, o passeio de caiaque se torna uma das maneiras que os jovens podem mergulhar em uma jornada de diversão e exercício. Nesse cenário a Arca Sport, empresa que atua há quatro anos no vale, oferece uma ampla gama de atividades de aventura, com o caiaque sendo uma das mais populares entre os jovens que habitam na região. Para muitos, as remadas passam de apenas um esporte de aventura e se tornam uma forma revigorante de exercício e diversão para a juventude.
“É uma sensação de prazer e liberdade. Navegar tão próximo às margens traz uma sensação incrível, que apenas participando para sentir.” afirma Diana Honorato, jovem entusiasta de caiaque.
A atividade ao ar livre se torna atração a todos que estão por perto, sendo um evento que integra família, amigos e até casais. “Quando você chega e vê aquele pessoal com aquela liberdade remando nas margens do rio, podendo ir para o outro lado, a cidade vizinha, é algo contagiante, pois quem está de longe também sente vontade, principalmente os jovens” acrescenta Diana.
Os participantes desfrutam de uma proximidade com a flora e fauna do Rio São Francisco que poucas outras atividades oferecem. Isso é uma oportunidade para os jovens aprenderem sobre a importância da conservação e a necessidade de proteger a biodiversidade, trazendo também a oportunidade emocionante de se conectar com a natureza, e, claro, se divertir.
É uma jornada que envolve corpo e alma, alimentando a paixão pela aventura, mantendo a juventude ativa e promovendo a conservação do ambiente. “Além da atividade excelente, nós podemos aproveitar a maravilha do Rio São Francisco”, diz Sonia Carvalho, participante da atividade do remo.
Saúde
No entanto, o incrível passeio vai além da diversão, o pequeno ato de remar pode auxiliar na saúde física de quem a prática. “O caiaque também tem seus benefícios na questão física como um bom trabalho na musculatura, principalmente do tronco”, relata Edvania Ribeiro, profissional de Educação Física.
Por esse motivo jovens sentem vontade de participar e dessa forma alguns começam a aderir a prática de alguns esportes que contribuem também para manter o corpo ativo e aumenta o convívio com o rio.
Além do passeio de caiaque no rio, a Arca Sport também oferece outras atividades que promovem a diversão da juventude às margens do velho Chico; como o rapel, pêndulo, tirolesa, locação de jet, locação de bicicleta e entre outras opções. Por aqui, não tem como sair triste, de final de semana aos feriados, os jovens se reúnem para aproveitar a beleza presente no São Francisco.
Foto: Micaelly Nery. |
Por Micaelly Nery, estudante de Jornalismo em Multimeios.
Pedro Lacerda, produtor cultural. |
Rafaela Correia, produtora cultural. |