Yoga e juventude: Benefícios da prática de yoga na vida de jovens do Vale do São Francisco

A vivência em sociedade apresenta um ritmo acelerado. O dia a dia repleto de tarefas, demandas e informações gera um padrão comportamental no qual as pessoas se desconectam de si. Na juventude, esse processo pode ser sentido e encarado de diversas formas, podendo causar quadros de ansiedade e outros problemas de saúde. Uma das alternativas encontradas pelos jovens de Juazeiro e Petrolina é o yoga, que busca uma união entre o corpo, mente e mundo.

Com uma origem indiana e milenar, o yoga expandiu-se por todo o globo e pode ser vivenciado por pessoas de todas as idades. Em Petrolina (PE), Ulisses Abílio acorda cedo todo domingo para dar aula de yoga às nove horas da manhã. Um compromisso que ele decidiu abraçar com o projeto Meditavale, que disponibiliza de maneira gratuita as práticas no parque municipal da cidade.

Músico, jornalista, praticante e instrutor de yoga, Ulisses, aos seus 25 anos, conta que nasceu em Petrolina, mas durante um bom tempo morou em Maceió e em Recife, que foi onde  iniciou os estudos sobre yoga e o curso de formação para poder atuar na área. A princípio, ele recorda que buscou a yoga para amenizar sintomas de ansiedade, depois de ter sido aconselhado por uma amiga a fazer isso e ter sido presenteado com o livro “Yoga para nervosos”, de José Hermógenes. O presente foi de um colega de trabalho, quando atuava como jornalista na edição de uma emissora de Rádio e Tv.

Ulisses relata que começou, praticando yoga uma vez por semana, depois quinzenalmente, até que se tornou um hábito diário. Ele identificou que os benefícios dessa atividade iam muito além da redução da ansiedade e fazia mais sentido realizar os exercícios para o resto da vida. “A gente faz um monte de posturas que é para ter um corpo forte e saudável para sentar e meditar”, afirma.


Ulisses, praticante de yoga. Foto: Juliana Pereira.

Além disso, Ulisses declara que o yoga cuida da saúde em todos os aspectos, pois ajuda a regularizar a pressão arterial, o metabolismo, o sono, o estresse, a ansiedade, dores no corpo e a trabalhar as musculaturas. “O yoga te proporciona conhecimento para cuidar do seu próprio corpo”. O instrutor considera que é comum, atualmente, viver no automático e não reparar os sinais que o corpo manifesta, então o yoga serve como um lembrete para essa observação.

Ulisses também pontua que o yoga deveria ser ensinado nas escolas, tendo em vista que com o avançar da idade vai-se perdendo cognição, portanto trabalhar o yoga numa fase avançada pode ser mais difícil e por isso o ideal é adotar o hábito ainda jovem. No entanto, também entende como algo desafiador a ser feito, posto que o estilo de vida da sociedade atual convida a geração mais nova para outra direção. “É uma ferramenta super válida pra hoje, pra o nosso agora, pra quem a gente é hoje. O mundo não pede silêncio, mas o yoga silencia.”


Música e corporeidade

Algo presente em muitas práticas de yoga é a música que, segundo Guilherme Ferreira, 21 anos, traz emoção. Após discutir sobre jovens e cultura no III Fórum Nacional Sesc Juventude e falar um pouco sobre sua atuação numa ONG que faz a salvaguarda das músicas tradicionais acrianas, o ativista cultural afirma que cada som tem um significado e isso é sentido na alma, no corpo. Ele destaca que é possível compreender a tática de usar esse aparato nos espaços dessa atividade corporal.

Outro ponto do yoga é o entendimento sobre corporeidade associada a autonomia e autoconhecimento. A estudante de licenciatura em teatro Rafaela Brito Correia, 25 anos, afirma que, ao falar sobre esse tema, gosta da palavra “autonomia”, principalmente quando pensa no seu processo de transição de gênero. Criada em uma igreja evangélica, na qual o papel masculino era o único apresentado, relata que “não tinha autonomia de explorar o meu próprio corpo e nem sabia que existia essa possibilidade”. Foi no teatro, nas artes e na expressão corporal, onde encontrou essa liberdade.


Prática de yoga ao ar livre. Foto: Juliana Pereira.

Educação em contexto

A pedagoga, mestra em Educação, Cultura e Territórios Semiáridos, e instrutora de Tantra Yoga, Jaqueline Aquino, 29 anos, também compartilha um despertar proporcionado pela prática corporal. Ao conhecer o Corpoética, projeto de pesquisa e extensão coordenado por José Santana Borges, no Departamento de Ciências Humanas (DCH – III), na UNEB, sediado em Juazeiro (BA), conta que descobriu no yoga a ferramenta que buscava enquanto educadora. Sempre questionava o que era preciso adotar na sala de aula para se ter um lugar de educação integral, onde não há apenas disciplinas, mas também o desenvolvimento de corpos aprendendo a se movimentar e a se respeitar. Ao conhecer o yoga e a proposta do projeto teve clareza sobre o que precisava para tornar-se uma educadora completa.

Sentada no pequeno sofá da copa do prédio administrativo do DCH III, Jaqueline se descreve enquanto “apaixonada por yoga como uma forma de educação integral”. Além disso, não deixa de notar que há um estranhamento quando práticas como o yoga são incluídas no processo de formação do indivíduo porque “os corpos são silenciados na educação”.

Ao se recordar com um brilho no olhar sobre seu primeiro contato com essa prática corporal, Jaqueline volta aos seus vinte anos, quando estava trabalhando na brinquedoteca do departamento da UNEB e percebeu uma movimentação na sala ao lado. João José dava uma aula enquanto ela achava curioso o fato de ter várias sandálias do lado de fora do espaço onde diversas pessoas faziam posturas desconhecidas para seu nível de compreensão. No mesmo dia, decidiu perguntar para o professor se poderia participar e, em um tom nostálgico, narra: “João me abre um sorriso e me recebe completamente bem, sem nunca ter me visto. E aí eu já começo a entender o que é o yoga. Essa união com as pessoas, independente do que elas sejam, se são amigas ou não. Na semana seguinte, eu já tô lá”.

Com os olhos marejados de emoção, Jaqueline adiciona que, no mesmo período, optou por parar um tratamento medicamentoso muito forte contra a fibromialgia, doença que afeta o sistema musculoesquelético e o tecido conjuntivo resultando em dores corporais. Tal diagnóstico, de acordo com a medicina tradicional, não tem cura, mas após parar de tomar os vários remédios diários e agarrar-se ao yoga, Jaqueline não se queixa mais de tantas dores no corpo. 

Antes de falar a respeito dos benefícios do yoga para a saúde, a instrutora expressa que "yoga quer dizer 'união', então não é uma parte solta do universo, é união, em todo o seu corpo, consigo mesma. Nós não somos seres separados, não somos partes separadas, tá conectado. Estamos todos conectados, o tempo todo, com os outros seres e com nós mesmos”. Jaqueline explica que, em algumas das práticas, como a dança Kaoshikii do tântrica yoga, onde toca-se com o dedo hálux, ‘o dedão do pé’, no chão e massageia-se a glândula pineal, há uma conexão, pois ao mesmo tempo que se está massageando o pé acontece um processo de reflexologia, tratando assim o corpo físico, o emocional e trabalhando a concentração da pessoa.


Exercício ajuda na saúde física e mental. Foto: Juliana Pereira.

Jaqueline observa que algumas pessoas iniciam com dificuldade de coordenação motora, mas com o tempo isso diminui, tendo em vista que aos poucos há um trabalho de "educação do corpo". Isso acontece também porque, com a tomada de consciência sobre si e seu corpo, o indivíduo para de pensar no corpo como partes e sim como uno, justifica. 

Jaqueline declara que, na atualidade, há vários estudos a respeito das contribuições do yoga à saúde, porém estes não excluem a possibilidade de novas conclusões, pois cada praticante do yoga terá uma experiência diferente baseado em vivências anteriores e nas memórias que estão sendo produzidas.

Jamili Helena dos Santos, 16 anos, estudante do primeiro ano do Ensino Médio de um dos colégios estaduais de Juazeiro, relata que o yoga se fez presente na sua vida por meio da escola. Divulgaram sobre as aulas e a jovem se interessou, pois era algo novo que poderia contribuir no seu dia a dia. Hoje, Helena percebe que o yoga a ajuda a conectá-la consigo mesma e a se acalmar. Geralmente, quando se percebe ansiosa, puxa na memória alguma posição, realiza a asana e se sente melhor logo em seguida, conta.

O professor do Departamento de ciências humanas (DCH – III), coordenador de pesquisa do projeto Corpoética e docente do mestrado em Educação, Cultura e Territórios Semiáridos (PPGESA), João José Santana Borges conta que a yoga surgiu na vida dele desde a adolescência, encantado pela meditação e pelas práticas voltadas para a vida espiritual. “A yoga me trouxe uma oportunidade única de poder me concentrar, de poder estar mais atento ao meu propósito de vida, e a partir disso eu fui desenvolvendo a minha prática”, discorre.

Ao lembrar que acordava bem cedo para pegar dois ônibus para chegar a Itapuã, João José se orgulha ao contar que fazia isso para praticar yoga e voltar para casa. Tomou essa rotina durante toda a sua graduação, conseguindo força interior, muita disciplina e vontade de viver, de acordo com suas palavras. Com isso, destaca o equilíbrio das dimensões, física, emocional, vital, mental, psíquica, causal e espiritual, que precisam ser cuidadas, pois isso traz uma autoconsciência, uma percepção de si, uma capacidade de auto-organização interna que repercute na saúde.


“As práticas de yoga contam com os asanas, uma das dimensões dessa atividade, que são as posturas físicas, elas trabalham muito as glândulas endócrinas e isso permite que haja um equilíbrio dessas glândulas, dos hormônios que faz com que nossa mente funcione”, diz. Esse processo, segundo João José, “se traduz em uma grande capacidade de equanimidade, de equilíbrio físico, psíquico e emocional”. Por consequência disso, o indivíduo vai criando mais consciência de si, afirma o professor.

João José também acredita que o yoga é crucial para os jovens, tidos como aqueles que estão entre os 15 aos 24 anos de idade. “O yoga possibilita que o jovem tenha mais coragem de aceitar sua singularidade e expressá-la para o mundo”. Ser quem se é com coragem, vontade, verdade, alegria, amor-próprio, continua. Para ele, a grande mensagem do yoga é de você se ver, se reconhecer como um sujeito portador de direitos, como à livre expressão e à felicidade.

Participar da união entre movimento e pessoas melhora o bem-estar e expressa sentimentos e pensamentos. Foto: Juliana Pereira.


Ao refletir sobre a importância de projetos que democratizam a yoga no vale do São Francisco, João José diz que é muito relevante, tendo em perspectiva que durante muito tempo, mesmo no seu país de origem, a Índia, o yoga é uma prática muito elitizada, assim como no Brasil. Portanto, argumenta que quando se tem projetos como o Corpoética, em que as universidades entendem os benefícios de uma prática integrativa e complementar de cuidado com a saúde e contribuem para a difusão dessa prática, é muito significativo pois, nas palavras do docente, “se trata de uma política pública e se trata de uma revolução porque permite que as pessoas tenham acesso a algo que geralmente é cobrado”.

Cassia Silva, 22 anos, estudante de arquitetura e urbanismo, relata que já tinha interesse em começar a praticar yoga, mas via como algo inacessível. Foi então que optou por pesquisar e se informou que na UNEB há a realização de práticas gratuitas e abertas à comunidade. De uma forma tranquila, conta que confia que o yoga ajuda na postura, na flexibilidade, a manter a calma e tranquilidade porque conta com exercícios de respiração. Adiciona também que, devido à pressão e ao estresse vivenciados por estudantes, a yoga pode ajudar os jovens a focar mais nos estudos, mediante o desenvolvimento de melhores níveis de concentração, foco e disciplina, adquiridos com a adoção desse hábito. 

Graduando em Fisioterapia e estudante de Jornalismo em Multimeios, Jóston Oliveira, 21 anos, afirma ter conhecido essa modalidade por causa da sua formação em fisioterapia. No entanto, foi no curso de jornalismo, nos espaços da UNEB, que ouviu falar sobre o projeto Corpoética, se aprofundou a respeito da temática e observou que o yoga permite “colocar o corpo em homeostase, o equilíbrio de todos os sistemas”.


Conviver e respeitar a natureza e as diferenças entre pessoas são base da yoga. Foto: Juliana Pereira.


Jóston também enxerga o yoga como uma ferramenta relevante para pessoas que estão expostas a situações de opressão, preconceito e violência. Abordando as dificuldades sofridas pela população LGBTQIAPN+ no território do Vale do São Francisco, sinaliza que, ao prezar por respeito, fraternidade, gratidão, autonhecimento, senso coletivo e outros princípios, o yoga tem um papel acolhedor e definitivo para trazer perspectivas melhores para grupos identitários. “O yoga vem com esse papel de reflexão social”, afirma Jóston, acrescentando que a prática ajuda na construção de uma convivência em harmonia com a sociedade e a natureza.

Jóston expõe que o momento do yoga é quando seu corpo aproveita para aliviar as tensões da semana, possibilitando desenvolver as atividades acadêmicas e cotidianas com mais concentração, capacidade de reflexão e facilidade para escrita a partir de uma pausa para respirar.

Semana de Integração: palestrantes discutem formas de combater o assédio no ambiente universitário

No Dia Internacional da Mulher, data em que busca-se destacar a importância de lutar pela garantia dos direitos das mulheres, celebrar conquistas e lutar contra todo tipo de violência, o Centro Acadêmico Glória Maria (Cacos) do curso de Jornalismo em Multimeios promoveu na Semana de Integração do Departamento de Ciências Humanas mesa-redonda para discutir a temática do assédio na universidade. As discussões foram centradas em como identificar os tipos de assédio,formas de combater, conhecer canais de denúncia e buscar ajuda, além de entender os impactos na comunidade LGBTQIAPN+, não somente mulheres cis hetero. 

Representantes de órgãos públicos municipais, do ambiente acadêmico e pesquisadores(as) discutiram os impactos do assédio em suas diversas formas, destacando questões relacionadas à saúde mental, contexto histórico de opressões patriarcais, interseccionalidades, ações jurídicas de denúncia e processos diante de situações de assédio. Foi discutida ainda sobre a assistência oferecida pelo poder público de Juazeiro e Petrolina, como as ações do Conselho Municipal de Defesa dos direitos das pessoas LGBTQIAPN+ e da Delegacia da Mulher. 


FOTO: Aylla Bomfim


Milenna Silva, estudante de Ciências Sociais (Univasf) e poetisa, abordou o contexto histórico relacionado ao assedio ao período da colonização, regime de escravidão e construção da nacionalidade brasileira, apontando que as mulheres negras foram e são quem mais sofrem com as opressões, de diversas formas. Segundo Milena, o regime escravocrata e seus impactos fizeram com que a mulher negra fosse vista como a última “classe” na hierarquia social, abaixo até mesmo dos homens negros, e isso se mantém atualmente, através das estruturas sociais. Para ela, isso tem justificado a cultura da violência contra a mulher, sobretudo a cultura do estupro e do assédio. Questões relacionadas à criação masculina, levando os homens a adotarem condutas e práticas de dominação em relação às mulheres e seus corpos, também ajudam a explicar a reiteração de práticas de assédio.

Autora do livro “Racismo de memória “, do projeto Tessituras Literárias, Milena considera que é necessário que, para além da prevenção e do combate, a universidade lute para a decolonização do saber, rompendo as estruturas machistas e atuando nos imaginários sociais, por meio da criação de novas epistemologias de conhecimento e leitura de pesquisadoras antirracistas e feministas, como Rita Segatto e Angela Davis.

“É necessário, para além do combate e denúncia ao assédio, entender aparelhos que nos oprimem, como surgiram e se mantêm, e ir nas raízes dos problemas. Devemos construir nossas epistemologias de ruptura, e romper a lógica. Isso parte também da presença de homens em espaços como este”, explica.


Da esquerda para direita, Milenna Silva e Rayanne Moraes. FOTO: Ana Clara Silva


Legislação 

Rayanne Moraes, advogada especialista em advocacia feminista e direitos das mulheres, abordou assuntos jurídicos referentes ao assédio, de aspectos que às vezes não se tem conhecimento, e os casos acabam sendo negligenciados e não são levados para a esfera jurídica. Rayanne diferenciou os tipos de assédio, destacando o moral do sexual, o qual pode evoluir para outros mais graves, como o estupro. 

Ela conta que é muito importante a construção de provas, que se dá através da gravação de vídeos, de fotos, mensagens, bilhetes, laudos médicos e psicológicos. “Infelizmente, somente a palavra da vítima não é validada como prova, por isso a importância de indícios que houve o assédio. Essa é uma das muitas questões que a Justiça brasileira precisa melhorar”, esclarece Rayanne. 

Quanto às providências a serem tomadas em caso de assédio, ela aborda a possibilidade da vítima procurar o Ministério Público, destacando que não há a necessidade de advogado para isso. Recomendou ainda a leitura de informativos como a “Cartilha sobre Assédio Sexual no Trabalho: perguntas e respostas”, organizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que objetiva orientar mulheres cis e não cis a combater e denunciar o assédio sexual nos espaços de trabalho. 

Rayanne apontou, ainda, a importância da criação de instrumentos preventivos e combativos, e de resistir. “É preciso pensar em instrumentos para mudar as coisas, bem como ocupar os espaços e pressionar, buscando a segurança das mulheres, a nossa segurança”, alerta. 

Assédio contra a população LGBTQIAPN+ 

O representante do Conselho Municipal para a população LGBTQIAPN+, que integra a Secretaria de Desenvolvimento Social, Mulher e Diversidade, Andrey Anthonny, trouxe esclarecimento sobre a política de assistência oferecida pelo órgão à população, chamadas minorias como as mulheres e pessoas LGBTQIAPN+, as quais mais são vítimas de assédio. 

Ele destaca que a Secretaria desenvolve ações em parceria com programas sociais, como o Bolsa Família, com universidades,atuando com as pessoas que enquadram como baixa renda, “a fim de garantir direitos que historicamente foram e são negados”. 

Apontou a importância de alguns serviços que a Secretaria oferece, como o Ambulatório Trans, que resolve trâmites necessários e encaminha para o processo de transexualização, além do atendimento psicossocial gratuito. Ele entende que o Conselho busca ser uma rede de proteção às mulheres (cis e trans) e LGBTQIAPN+, porém não atua juridiciamente, mas com encaminhamentos dos casos para atender os direitos. 

Para que o assédio não continue sendo realidade, ele diz que a prevenção é o melhor caminho, mas que uma vez acontecendo, se deve denunciar. “Não se pode deixar passar, porque a civilidade inclui o respeito. É preciso que todos/as/es sejam civilizados e respeitem uns aos outros. A melhor política que podemos fazer é a prevenção, em todos os níveis. A denúncia se faz quando a prevenção deu “errado”.

Morgana Oliveira. FOTO: Juliana Pereira



Psicóloga clínica, travesti, pesquisadora em Saúde Mental Morgana Oliveira, diz que é importante pensar as questões que envolvem o assédio às pessoas LGBTQIAPN + sobretudo, também como herança do patriarcado que fundou a sociedade brasileira, e não somente a opressão com as mulheres. “Desde muito bom cedo, os homens são ensinados a serem abusivos, compulsivos sexuais, são ensinados a querer o sexo a qualquer custo. Por isso, eles precisam ser reeducados”, afirma. 

Ela aponta que a LGBTfobia parte de complexidades e marcadores sociais diversos, e que a hipersexualização a que corpos trans são expostos e muitas vezes se colocam, por questões de sobrevivência, serve à estrutura que os desumaniza, excluindo suas identidades e fazendo com que os assédios sejam uma prática sigilosa. “A pessoa às vezes nem se dá conta de que foi assediada”. 

A psicóloga, que pesquisa saúde mental, políticas públicas e marcadores sociais (identidade de gênero, raça, classe e outros), alerta para a necessidade de se respeitar os limites, mesmo que a pessoa esteja em situações complicadas. “Por mais vulnerabilidade social que a pessoa esteja, os limites devem ser impostos e não ultrapassados”. 

Para saber mais sobre as instituições que recebem denúncias e acolhem pessoas, seguem informações.

CEPPSI - Centro de Práticas e Estudos em Psicologia, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) que oferece atendimento psicológico gratuito, em Petrolina. Link: https://portais.univasf.edu.br/ceppsi 

Ouvidoria da Uneb - atendimento é de segunda à sexta, das 08h às 17h. Contato: (71) 3117-2438 Link: https://ouvidoria.uneb.br/index.php/estrutura-administrativa/ 

Conselho Municipal de Promoção dos Direitos da População LGBTQIAPN+ de Juazeiro, BA - funciona na Secretaria de Desenvolvimento Social Mulher e Diversidade, das 8h às 14h. Contato: 74 3612-3050

Por Ana Beatriz Menezes, estudante de Jornalismo em Multimeios. 

Representantes do território Sertão São Francisco discutem políticas públicas de Ciência, Tecnologia e Inovação em Juazeiro

Representantes dos setores da sociedade civil organizada, empresarial, poder público e universidades participaram da V Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação – Etapa Macroterritorial, realizada na Universidade do Estado da Bahia, em Juazeiro, e organizada pela SECTI. A finalidade foi formular propostas para definir os rumos da ciência, tecnologia e inovação do estado, orientar a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação – ENCTI 2025-2035, que será elaborada por todos os segmentos do país de 4 a 6 de  junho.


Foto: Ana Clara Silva



Cerca de 80 participantes se reuniram para discutir reformular os documentos elaborados na 4ª CECTI, ocorrida em 2019, divididos nos eixos: recuperação, expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação; reindustrialização em novas bases e apoio à inovação nas empresas; ciência, tecnologia e inovação para programas e projetos estratégicos nacionais; e ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento social. Na etapa macroterritorial, foram escolhidos os representantes de cada eixo para contribuírem à conferência estadual, a ser realizada em Salvador, em 4 a 5 abril.

 

Além disso, foi apresentado o programa Bahia + Inovadora, criado pela SECTI e vinculado a Fundação de Amparo À Pesquisa Da Bahia (Fapesb), que busca estabelecer fomento financeiro ao interior do estado, para que as ações voltadas às CT&I ́s sejam criadas.

 

“O Bahia + Inovadora é um conjunto de iniciativas que se baseia em dois pilares: a descentralização dos investimentos públicos em CTI, e o desenvolvimento social, econômico e sustentável, em regiões como no Recôncavo, Sertão São Francisco, Chapada Diamantina, por meio de parques tecnológicos, centros de inovação, Instituto de ciências e os espaços colaborar”, destaca Sócrates Santana, coordenado de Assuntos Estratégicos da SECTI.



Foto: Ana Clara Silva



O coordenador destaca que, para que haja o fortalecimento do ecossistema de inovação, é preciso que o programa de conectividade do estado seja acessível para todos. “O Bahia + Inovadora busca agir nas bases, como através do programa de conectividade, que concede internet gratuita a todas as cidades, e também às universidades públicas e escolas da educação básica”, pontua.

Quanto à formação para utilizar essas tecnologias e buscar um sistema de CTI’s mais estruturado e com profissionais aptos a atuar no segmento, Sócrates reforçou a importância da formação, por meio de cursos de capacitação em tecnologia, Inteligência artificial, economia circular e verde.  Os cursos, disponíveis no site da SECTI, podem ser feitos por todo o público, não restrito somente aos estudantes, professores e pesquisadores.

Para o professor da Uneb, Josemar Martins, coordenador do eixo recuperação, expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, é necessário refletir sobre as implicações e problemas à efetivação das propostas de CTI’s, que vão desde combater as desigualdades sociais, não permitindo que todos acessem e aprendam, à falta de internet de qualidade, equipamentos e softwares necessários. 


Foto: Levi Varjão



O professor destaca que é preciso pensar o alcance e impacto da sociedade 5.0, se de fato o país se encontra nesse estado, quando direitos básicos muitas vezes não são garantidos.

Ele alerta ainda que as tecnologias devem surgir e serem usadas para atividades concretas, que de fato facilitem a vida – os problemas diários –, e não somente sejam sobre uso de telas.

As Conferências Macroterritoriais da Bahia seguem, nos territórios de identidade, até o dia 5 de abril, quando acontecerá a estadual, em Salvador. As regionais ocorrem em abril e a nacional em junho, entre os dias 4,5 e 6, em Brasília. Saiba mais: http://www.secti.ba.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=137

 As pessoas interessadas na temática também podem participar conferências livres, de forma online, sobre temas gerais que englobam as tecnologias e seus usos, as quais ocorrem de 13 de março a 16 de abril. Para mais informações, acesse: http://www.secti.ba.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=137.

Para saber mais das Conferências Regional e Nacional, sigam as redes sociais @sectibahia

Reportagem por Ana Beatriz Menezes, estudante de Jornalismo em Multimeios.


Jovens e a prática da leitura na escola

O estudante da Rede Pública, Daniel Costa, amante da leitura, iniciou seu hábito por estímulo dos professores de literatura. O acesso à biblioteca permitiu que ele se tornasse um leitor assíduo e expandisse seus conhecimentos. “ O ambiente escolar afetou minha vida de leitor significantemente, pois foram importantes no meu crescimento educacional”, afirma. 

Assim como o jovem, outras pessoas têm se interessado pela leitura através do incentivo da escola em implantar bibliotecas e práticas de leituras. Isso acontece porque a Política Nacional de Leitura e Escrita, instituída pela Lei 13.696/18, concede o acesso aos livros, às leituras, à literatura e às bibliotecas em ambiente escolar. Para que o hábito da leitura seja sistemático na juventude, a estrutura de locais e escolas que compactuam com tais práticas é importante.

                                                   

       O estudante Daniel Costa Rodrigues é um frequentador assíduo da biblioteca


Segundo a Mestra em literatura, Celma Vieira, o planejar sistematicamente das atividades literárias, o uso de  livro, as trocas de ideias com os alunos é um meio para ampliar as possibilidades deles lerem.“O processo de gosto pela leitura e letramento literário deve ser sistemático”, diz ela.

Além disso, a pesquisadora, compartilha suas práticas em sala de aula incentivando os alunos a viajarem no mundo encantado da leitura e a utilizar e se apropriar dos meios digitais para somar ao conhecimento literário dentro da escola. “Na atividade do terceiro bimestre, usei Podcasts com os contos de Machado de Assis, eles ficaram impressionados com Assis e assistiram na televisão em sala de aula seus produtos, o que reverbera no avanço na educação”, relata.

 

 

A professora Celma Vieira dos Santos estimula a leitura por podcasts nas aulas. Foto: Ewerton Ramos.


Para a pós graduanda em Comunicação e Marketing, Kemylly Maryana, a leitura sempre foi um momento de refúgio e de autoconhecimento.  A mesma utiliza as plataformas digitais para se beneficiar do mundo da leitura desenvolvendo habilidades para seu trabalho. “ A leitura me proporciona ideias para minha escrita, poesias e experiências extraordinárias para narrar e colocar meus sentimentos para fora. O Kindle e o aplicativo Wattpad tem me ajudado bastante na leitura, sendo de fácil acesso e têm bastante livros disponíveis, desde clássicos à fanfic.”

 

Kemylly Lopes faz leituras mediadas pelas tecnologias


Já para o jovem Tiago Nunes, formado em Ciências da Computação, o hábito da leitura chegou tardiamente em sua vida, sobretudo devido à falta de encorajamento da escola. No entanto, mesmo adquirindo esse interesse tardiamente para se aventurar no mundo da leitura, ele afirma a importância em sua vida pessoal e o quanto é mais enriquecedor em termos de aprendizado. "Percebo o quanto a leitura me ajudou a me desenvolver intelectualmente e profissionalmente, além de abrir portas para novos conhecimentos", fala o jovem.


 Tiago Nunes avalia que a leitura o ajuda no crescimento profissional


 O mundo da leitura na juventude proporciona uma viagem para vivenciar aventuras divertidas, emocionantes e tristes, como também levá-los a lugares diferentes através da imaginação, que pode ajudar no crescimento intelectual. É importante o investimento em bibliotecas nas escolas e mais práticas em sala de aula incentivando sistematicamente os alunos a serem leitores assíduos.

O uso das tecnologias, como de kindle e podcasts para propagar e encorajar jovens para esse universo crítico, pensante e emotivo da leitura através das plataformas digitais é interessante. Sobretudo, se apropriando desse avanço tecnológico nessa geração para incluir e tornar os jovens leitores assíduos.

Por Vanessa Taratá, estudante de Jornalismo em Multimeios.


O Protagonismo Jovem na cena Hip-Hop do Vale do São Francisco

A batalha de rima é uma modalidade importante da cultura Hip hop, comum em metrópoles, como as cidades de São Paulo e o Rio de Janeiro, de onde saem Mc’s famosos e premiados. Elas são responsáveis por descobrir talentos musicais, como o rapper Leandro Roque de Oliveira, um “filho” das batalhas de rima, que, diante de sua invencibilidade, se consagrou nesse meio, onde adotou o nome de EMICIDA. O artista é hoje considerado um dos rappers mais influentes do país e um dos maiores MCs de batalha do Brasil, tornando-se influência para vários jovens que sonham em ser MC’s. 

Através da música “rinha”, o rapper Emicida coloca para fora o sentimento vivenciado pelos Mc’s de batalha ao descrever o que acontece nesses espaços, a emoção dos artistas ao ouvir o beat do DJ e a vibração da plateia. “Sente o grave batendo com o coração, família, levanta a mão pra honrar o compromisso, como eu vou dizer que o hip-hop morreu, vendo isso”

É assim que os  MC’s se sentem e consideram a batalha de rima um espaço sagrado e até preferem pisar neste solo descalços, como uma espécie de reverência. 

No Nordeste, também há espaço e talento para essa manifestação cultural. Na cidade de Juazeiro, no Vale do São Francisco, nasce a Batalha da Lagoa, que vem se expandindo e completou recentemente um ano de sua criação, reunindo no mês de setembro MCs famosos da cidade de São Paulo, como também o vencedor do duelo de MCs nacional, em 2019, o nordestino de Juazeiro do Norte, MCharles.


A BATALHA DA LAGOA

Iariel Gomes, organizador da Batalha Da Lagoa, conta que a iniciativa de criar a batalha surgiu após perceber que havia uma pausa nas batalhas de rima na cidade. A Batalha da Lagoa ganha esse nome porque as batalhas aconteciam no parque Lagoa de Calú, conhecido e frequentado na cidade de Juazeiro, no Norte da Bahia.

Após um ano de fundação, Iariel percebeu mudanças na cena do hip-hop do vale do São Francisco, como principal, o surgimento de outras batalhas na cidade, acredita que mais de cinco batalhas estejam acontecendo no vale do São Francisco.

Além disso, ele enxerga na iniciativa uma oportunidade de encaminhar jovens através da arte, tanto os Mc’s,  quanto o público que frequenta os duelos. 

O produtor aponta questões relacionadas ao acolhimento entre esses jovens. “É uma irmandade, uma família”. Ele vem percebendo a cada edição um aprimoramento no talento desses Mc’s que são jovens e adolescentes empenhados, artistas que aguardam um futuro retorno financeiro desse movimento.

Nessa caminhada  de descoberta de talentos por meio da arte da cultura hip-hop também há dificuldades, principalmente para a manutenção do projeto e formação de público. Sem apoio financeiro, patrocínio ou apoio de órgãos do poder público, Iariel conta que esse trabalho é realizado com recursos próprios.


TALENTOS EM ASCENSÃO 

Com o advento das tecnologias e das plataformas digitais, as batalhas se tornam cada vez mais acessadas nas redes sociais, tornando os MCs astros que acumulam seguidores e visualizações, além da oportunidade de receber premiações nas competições através de patrocínios de empresas.

Osama MC é um rapper de 21 anos que conheceu as batalhas de rima através de Emicida e enxergou nele uma inspiração. Natural de Senhor do Bonfim e residente de Juazeiro (Bahia), começou sua trajetória em 2016,  rimando em grupos de WhatsApp e em sua cidade natal, lá foi ganhando notoriedade e começou a ir duelar em outras cidades.


Foto: Laíse Ribeiro.

Nessa caminhada, o artista aponta que também encontra dificuldades e as principais são a falta de apoio financeiro e a discriminação, ainda recorrente no segmento artístico.

O rapper acredita que esse movimento é muito importante para a cultura local e ainda para o protagonismo dos jovens da cidade, pois valoriza a cultura e possibilita novas vivências para esses jovens e crianças.

Talento em ascensão, Vitu Mc acumula títulos e vitórias em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e alguns outros estados. Começou a batalhar em 2016, em Vitória de Santo Antão, município pernambucano e sua cidade natal, lugar que ainda não vivenciava a cultura hip-hop através das batalhas. Em 2018, após vários duelos, Vitú começa a viajar para duelar na capital, Recife e lá se torna vencedor estadual nesse mesmo ano.

O artista encontra referenciais de talento e inspiração em Rapadura e Don L,  nordestinos que ganharam sucesso e notoriedade através da rima e que representam o Nordeste quando se trata desse movimento cultural. Como um jovem nordestino, ele acredita que apesar das dificuldades enfrentadas, é possível fazer hip-hop no Nordeste.

Vitú aposta no poder da movimentação cultural que está acontecendo na cidade através da Batalha Da Lagoa, com a vinda de artistas de outros estados que dão visibilidade a cena do Vale do São Francisco. A partir desse pensamento, o artista aponta que esse movimento deve receber uma maior visibilidade e atenção, principalmente do poder público, “porque isso só fortalece e aumenta o patrimônio cultural da cidade”.


“Uma roda de gente e uma caixinha de som”. É assim que Moab, jovem de 18 anos e público assíduo da Batalha da Lagoa relembra como aconteciam os primeiros duelos. O jovem percebe mudanças nesse cenário, pois agora já é possível a presença de artistas de outros estados do Brasil. Considera importante essa arte e seu desenvolvimento na cidade, principalmente para os jovens e crianças que se inspiram nos Mc’s e que sonham em ser futuros artistas, tendo agora um espaço para isso em sua cidade.



Foto: Produção da Batalha da Lagoa.

"Um sonho, uma cultura, um ideal, um amor

Um sonho, uma conquista, eu peço nesse louvor"

Assim como neste verso de "rinha", música que descreve esse movimento, talvez essa seja a prece de todos os mc's que saem para batalhar em busca de se sentir pertencentes, jovens com sede e fome de vencer, que encontram nesse espaço de duelo sua fonte de conhecimento, vivência e protagonismo.


Por Laíse Ribeiro, estudante de Jornalismo em Multimeios.


Aventura Jovem às Margens do Velho Chico

Foto: Micaelly Nery


Às margens do Velho Chico, a juventude aproveita o calor do sol para se divertir. Na orla, é possível visualizar jovens de diversas faixas etárias desenvolvendo atividade esportiva, caminhada, natação, ciclismo ou apenas sentados para conversar e aproveitar o pôr do sol.  

Nesse ambiente, o passeio de caiaque se torna uma das maneiras que os jovens podem mergulhar em uma jornada de diversão e exercício. Nesse cenário a Arca Sport, empresa que atua há quatro anos no vale, oferece uma ampla gama de atividades de aventura, com o caiaque sendo uma das mais populares entre os jovens que habitam na região. Para muitos, as remadas passam de apenas um esporte de aventura e se tornam uma forma revigorante de exercício e diversão para a juventude.

“É uma sensação de prazer e liberdade. Navegar tão próximo às margens traz uma sensação incrível, que apenas participando para sentir.” afirma Diana Honorato, jovem entusiasta de caiaque. 

A atividade ao ar livre se torna atração a todos que estão por perto, sendo um evento que integra família, amigos e até casais. “Quando você chega e vê aquele pessoal com aquela liberdade remando nas margens do rio, podendo ir para o outro lado, a cidade vizinha, é algo contagiante, pois quem está de longe também sente vontade, principalmente os jovens” acrescenta Diana.

Os participantes desfrutam de uma proximidade com a flora e fauna do Rio São Francisco que poucas outras atividades oferecem. Isso é uma oportunidade para os jovens aprenderem sobre a importância da conservação e a necessidade de proteger  a biodiversidade, trazendo também a oportunidade emocionante de se conectar com a natureza, e, claro, se divertir. 

É uma jornada que envolve corpo e alma, alimentando a paixão pela aventura, mantendo a juventude ativa e promovendo a conservação do ambiente. “Além da atividade excelente, nós podemos aproveitar a maravilha do Rio São Francisco”, diz Sonia Carvalho, participante da atividade do remo.

Saúde

No entanto, o incrível passeio vai além da diversão, o pequeno ato de remar pode auxiliar na saúde física de quem a prática.  “O caiaque também tem seus benefícios na questão física como um bom trabalho na musculatura, principalmente do tronco”, relata Edvania Ribeiro, profissional de Educação Física.

Por esse motivo jovens sentem vontade de participar e dessa forma alguns começam a aderir a prática de alguns esportes que contribuem também para manter o corpo ativo e aumenta o convívio com o rio.

Além do passeio de caiaque no rio, a Arca Sport também oferece outras atividades que promovem a diversão da juventude às margens do velho Chico; como o rapel, pêndulo, tirolesa, locação de jet, locação de bicicleta e entre outras opções. Por aqui, não tem como sair triste, de final de semana aos feriados, os jovens se reúnem para aproveitar a beleza presente no São Francisco.


Foto: Micaelly Nery.


Por Micaelly Nery, estudante de Jornalismo em Multimeios.