Projeto discute as práticas socioambientais

Multiciência 07 junho 2018


Gestão do lixo e a preservação ambiental foram os temas abordados na roda de conversas sobre o meio ambiente que ocorreu neste terça-feira (5/6), na Universidade do Estado da Bahia. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Educação e Estatística (IBGE), em 2017, a destinação incorreta  do lixo e a desinformação sobre a coleta seletiva são fatores que contribuem para a degradação do meio ambiente.

Conscientizar a sociedade através de medidas socioeducativas tem sido o objetivo do projeto ECuSS - Estudo dos Modos Contemporâneos de Existência em Educação, Cultura, Sustentabilidade e Subjetividade -, desenvolvido pelo professor Josemar Martins (Pinzoh). O professor já tinha desenvolvido projeto do mestrado sobre as paisagens regionais e decidiu desenvolver novo projeto sobre educação, cultura e sustentabilidade.

Ano passado, ele coletou imagens intituladas como registros Primaveris Urbanos do Semiárido Urbano, que ajudaram a romper com os estereótipos de que no sertão não há primavera. Um outro problema ambiental tem sido a poda de árvores e a o planejamento urbano relacionado à arborização. Na cidade baiana de Chororó, é comum encontrar ruas com o plantio de árvores exóticas e que não são nativas. Para o professor, as comunidades devem aprender a reconhecer a beleza de ter ruas arborizadas, e não compreender como empecilhos. “A sociedade veem as flores no chão como sujeiras, empecilhos, sendo que são as árvores que nos fornecem sombra”, defendeu Pinzoh. A gestão dos gestão dos resíduos sólidos também deve ser priorizada no planejamento urbano. A França adotou a solução de ter contêineres para cada tipo de lixo, e cada morador tem o dever de separar o lixo. Para o professor, não há como discutir sustentabilidade sem refletir a respeito de práticas culturais. 

A professora Luzineide Dourado Carvalho, que coordena o projeto Conviverde: Processo participativo de ações contextualizadas para a convivência com o semiárido urbano, fala da importância de construir redes ambientais que possam conscientizar a todos sobre a percepção do que é ecologia. “Desenvolvemos também uma maquete virtual que permite fazer uma análise ambiental sobre as condições semiáridas urbanas”.

A organização do espaço urbano, mobilidade, microclima em condições semiáridas e enquetes estão sendo discutidos nas escolas para conscientizar a população sobre os impactos ambientais. O professor Clóvis Nascimento acredita que as ações como estas devem acontecer para evitar a poluição, degradação e desmatamento. Para o professor, a gestão ambiental deve ser discutida em sala de aula nos aspectos culturais, ambientais e econômico.

Professores e estudantes têm procurado identificar e contemplar ações metodológicas como os estudos de caso com a abordagem qualitativa, visando desenvolver conhecimentos e promover uma visão crítica para sensibilizar para a prática ambiental Os estudantes desenvolveram um diagnóstico para identificar as demandas como a necessidade de acompanhamento do consumo da água com anotações leituras mensais e estimular o plantio de árvores da mata ciliar.