Estimular uma educação neohumanista
tendo o homem como o centro da humanidade, com condições materiais que garantam
a qualidade de vida, a dignidade, igualdade e respeito à diversidade humana.
Essa tem sido a prática filosófica do monge Dada Jinanananda para divulgar o
Tantra Yoga como forma de conhecimento e uma nova visão educacional.
O monge discute a importância de
inserir a yoga tanto no ambiente familiar como nos segmentos religiosos e
intelectuais de forma a desenvolver novos aprendizados e estilo de vida. O
monge Dada Jinanananda esclarece, contudo, que ainda é necessário uma
compreensão da natureza humana em direção à nova espiritualidade. Isso pode
ajudar a desenvolver conhecimentos intelectuais para resolver questões
existenciais e materiais relacionadas à vivência e as condições de
sobrevivência.
Muitas
vezes, o ser humano buscando a preservação da própria espécie desenvolve
complexo de superioridade. “Deseja querer as coisas apenas para si e daí nasce
o complexo de inferioridade. Trata-se do medo, egoísmo, busca de prazer mundano,
a ganância, a vaidade”, afirma Jinanananda.
De acordo com o monge, as pessoas
podem desenvolver tendências de raiva, mágoa inveja e ódio presentes na psicologia
humana. Para reagir a isso, os humanos precisam de sentimentos de carinho e de
autocuidado. “O ser humano age de acordo com suas vontades que são
impulsionadas por seus sentimentos. Ele escolhe se vai fazer o certo ou errado.
Então, deve-se trabalhar com uma visão econômica e sentimental onde todos
possam vivenciar uma sociedade igualitária, em um comunismo antítese do
capitalismo”.
Nesse sentido, as universidades e os
centros acadêmicos têm exercido um papel importante nos seres humanos que é despertar
o pensamento crítico e garantir o benefício de todos. No campo da filosofia, é
o que Aristóteles chama de ética.
Dessa
forma, o caminho de uma educação neohumanista nasce do pensamento racional e
precisa de embasamentos mais profundos relacionados à psique-humana. “No campo
econômico tem que garantir a existência do povo senão vão viver como animais
lutando pela sua própria sobrevivência. Então, é importante procurar resolver
essas questões sociais, existenciais e materiais para que a mente humana seja
livre para pensar e garantir as necessidades básicas de existência”.
Esse foi o tema da palestra realizada
na UNEB, no Departamento de Ciências Humanas, Campus III. O evento foi
promovido pelo Projeto Tantra no Vale e Projeto Corpoética refletindo sobre o
Yoga na educação.
Repórter: Patrícia Rodrigues
Fotos: Moisés Cavalcante