Luísa Bessa Freire Recebe Menção Honrosa na 28ª Jornada de Iniciação Científica da FACEPE

Multiciência 24 julho 2024

Foto: Luísa Bessa Freire

Luísa Bessa, graduanda em Farmácia, na Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), foi recentemente homenageada com a menção honrosa na 28ª Jornada de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à pesquisa do Estado de Pernambuco (FACEPE), recebendo o prêmio Ricardo Ferreira ao Talento Jovem Cientista na área da Ciência da Saúde. O reconhecimento veio graças ao seu trabalho no projeto “Antes Cedo do que Tarde: Conhecimento e Utilização de Plantas Medicinais da Caatinga por Estudantes Adolescentes na Cidade de Petrolina”. A proposta dessa atividade foi a investigação do conhecimento de adolescentes sobre plantas medicinais da Caatinga, estimulando a conservação desse bioma.

O projeto, coordenado pelo docente Dr. Braz José do Nascimento Júnior, membro do colegiado de Farmácia, praticou uma metodologia que divididiu em três etapas. O estudo contou com a participação de 44 estudantes, que inicialmente responderam a um questionário. Posteriormente, participaram de oficinas temáticas sobre o cultivo, preparo e uso de plantas medicinais da Caatinga, e finalizaram com um questionário. A pesquisa destaca que, apesar de um conhecimento limitado sobre plantas medicinais entre os adolescentes, a transmissão familiar ainda desempenha um papel crucial na perpetuação dessa sabedoria.

Foto: Luísa Bessa Freire

Ao longo do desenvolvimento do projeto, a principal dificuldade enfrentada pela equipe foi a locomoção até a escola, situada em uma área rural de difícil acesso. No entanto, a experiência e o planejamento detalhado do professor Braz permitiram a superação desse obstáculo, garantindo a execução eficiente das atividades. 

Participar do evento e receber a menção honrosa foi uma experiência gratificante e enriquecedora para Luísa e sua equipe. Durante o evento, tiveram a oportunidade de apresentar os resultados do projeto e receber conselhos valiosos sobre como aprimorar suas futuras abordagens. Ela destaca a importância da valorização da sabedoria popular e da conservação da Caatinga, especialmente entre os jovens. A jovem pesquisa de iniciação científica acredita que essa valorização garante a preservação cultural, promove a sustentabilidade ambiental e fortalece os laços entre a universidade e comunidade. 

Os resultados do estudo mostraram que 36,36% dos participantes usavam plantas medicinais aprendidas com pais e avós, enquanto 95,45% dos adolescentes sabiam o que é a Caatinga. As plantas medicinais mais citadas foram capim santo, alecrim e erva doce. Ela destaca que a continuação do projeto pode ter um impacto ainda maior na educação e preservação ambiental entre os jovens de Petrolina.

Por Meiwa Magalhães