Dica de Leitura: Vida On-Line

. 06 maio 2008
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Século XXI. Era de transformações, tecnologia de ponta. Vive-se um tempo moderno, onde tudo é quase digital, computadorizado e controlado. As contas bancárias podem ser acessadas e pagas pelo computador, a um clique as pessoas mudam o canal da TV, não precisam estar em casa para acessar a internet, já que existem notebooks com wireless ou até mesmo celulares mais modernos com internet, MP4 que tiram foto. A tecnologia viabiliza relacionamentos entre as pessoas, onde conhecidos e desconhecidos vivenciam paixões na rede sem (inicialmente) qualquer contato físico.

A revista ISTO È, de 14 de março de 2007, trouxe como capa a matéria sobre a grande armadilha ou até mesmo a grande felicidade de se “namorar” via internet. Para os mais intimidados, caseiros ou até mesmo arredios, ou seja, aqueles que se isolam da vida social, esta realidade surgiu como a solução para os seus problemas. Em sites de relacionamento, as pessoas se conhecem, trocam informações e confidências. Criam uma intimidade que talvez pessoalmente não seria possível, pois através do computador a timidez deixa de existir. Se algo de constrangedor acontecer, basta o usuário se desconectar e acabou.

Porém, muitas vezes os relacionamentos deixam de ser on-line e transformam-se em reais. Uns dão tão certo, acabam em casamento, mas outros caem em grandes armadilhas como roubos, seqüestros, violência sexual e morte. Segundo pesquisas apontadas na ISTO É, somente 2% dos relacionamentos que se iniciam virtualmente dão certo na vida real. E não é raro ver os veículos de comunicação alertarem para esse tipo de relação.

A revista VEJA, de 25 de janeiro de 2006, também abordou o assunto, mas deu outro foco ao falar de relacionamento na rede. Em sua matéria de capa “Traição virtual”, a revista abordou a infidelidade pela internet que tem comprometido a vida de casais. Eis uma nova maneira de ser infiel: algo que pode começar como um simples “passatempo” pode virar um ardente relacionamento e comprometer toda uma estrutura familiar.

Muitas vezes, as pessoas procuram esse tipo de relacionamento para suprir a carência de seus casamentos duradouros e rotineiros, já que a internet possibilita conversas abertas e íntimas, e, para outros, aparece também como meio de realizar fantasias sexuais e de se falar tudo o que se deseja sem qualquer constrangimento. Para isso, existem salas de bate-papo apropriadas e específicas para determinado tipo de assunto. Ali não há as cobranças que existem nos relacionamentos longos, pois não existem sentimentos.

“Todo mundo precisa de fantasia”. Foi o que disse à VEJA, um empresário casado, que preservando o seu nome, contou suas experiências eróticas na rede. “Sempre gostei das salas de sexo. Ali, está todo mundo na mesma onda: falar obscenidades, fantasiar, trocar endereços de sites pornográficos, fazer comentários sobre eles”. O empresário ainda afirmou conversar com uma colega de trabalho coisas especificamente sexuais, mas que, quando se encontram nos corredores não há intimidade, entre eles. “Quando a vejo fico tímido, não sei. Mas è um exemplo de como todo mundo precisa de uma fantasia. Está na cara, que ela, que também é casada, deve estar entediada com o sexo do marido e por isso busca algo mais”, concluiu.

Em tempos de infidelidade virtual, é possível, por 2 mil reais, contratar um detetive virtual para vasculhar mensagens de e-mail, messenger e orkut. Isso pode ser o bastante para comprovar a infidelidade.

Quer saber mais, leia na Hemeroteca, do DCH III, as revistas:

VEJA: Edição 1940 / ano 39 / nº 3 / 25 de janeiro de 2006
ISTO É: ano 30 / nº 1950 / 14 de março de 2007


por Natália Aguiar