UNEB promove debate: 40 anos do Maio de 68

. 23 maio 2008
Manifestação estudantil nas ruas do Rio de Janeiro em 1968.




Qual a herança de Maio de 68? Quarenta anos depois, volta a ser discutido o mês em que os jovens de todas as partes do mundo revolucionaram os diversos aspectos da vida social: educação, comportamento, artes e sexualidade.

Este tema será discutido na próxima segunda-feira (26), na Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus III, Juazeiro, a partir das 17h, com exibição de filme, apresentação teatral, debate e música.

Serão exibidos vídeos e músicas de momentos marcantes da década de 1960. Janis Joplin, Jimi Hendrix, barricadas na França, Jovem Guarda, Woodstock, Tropicalismo, alternativa Hippie e outros movimentos que surgiram nessa década serão apresentados para o público.

Em seguida, será exibido um filme sobre os anseios revolucionários da juventude de 1968. Para compor o debate sobre os 40 anos do Maio de 68, haverá uma mesa com os professores Josemar Martins (Pinzoh), da UNEB, e Elizabeth Moreira, do CEFET.

Após o debate, haverá apresentações musicais, com interpretações de músicas de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Tom Zé, Mutantes, Nara Leão, Gal Costa, entre outros. Durante a semana, acontecerá também uma Exposição de Fotografias do ano que não terminou, como define o escritor e jornalista Zuenir Ventura.

Audimara Lima, estudante de Comunicação Social da UNEB e uma das organizadoras do evento, afirma que 1968 é tido como um ano positivo por muitos que fizeram parte daquelas manifestações, pela contestação e inquietude dos jovens. “Entretanto, muitos acreditam que o 68 deve ser esquecido e que tudo não passou de revolução vazia. Com essas duas visões distintas percebemos "que o ano que não acabou" deve sim ser discutido ainda hoje”, ressalta.

Já para Érica Daiane, também organizadora do evento, a discussão sobre 1968 quarenta anos depois significa não deixar morrer o espírito revolucionário da juventude. As artes, o movimento estudantil, de mulheres, negros, ambiental, todos esses movimentos influenciaram a juventude atual, mesmo com outras formas de reivindicação. “O importante é que o nosso desejo é o mesmo da juventude daquele ano: o de transformação radical da sociedade”, afirma.

O evento 40 anos do Maio de 68 é aberto ao público e a Exposição Fotográfica permanece até o dia 30 de maio, no Departamento de Ciências Humanas, da UNEB.


Informações:
Érica Daiane (74) 9979 0337
Audimara Lima (71) 8858 7029

Por Paulo Victor
MultiCiência