Sensualidade e olhares híbridos na exposição Transforma

. 29 setembro 2008
Professor José Renner, coordenador da mostra.




“A intenção é ser um projeto híbrido, fazer um mix de diversas linguagens, através de conceitos de representação, fotografia e espaço. A pretensão é interligar a arte e a tecnologia, com experimentos no campo artístico, técnico, estético e didático, potencializando a reflexão”.


Com essa afirmação, Renner, professor e orientador do projeto, convida o público a apreciar a exibição fotográfica “Transforma”. A exposição está disponível no Departamento de Ciências Humanas, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) até o dia 10 de outubro, das 14h às 22h.


A mostra trabalha o tema sensualidade, com um novo olhar, fugindo do tom erótico e pejorativo. Busca o sensual mais brasileiro e aconchegante, mesclando a beleza e a dignidade de quem se fotografa.


“A objetivo era fotografar pessoas da universidade que já tivessem uma imagem constituída. Personagens que já inspirassem idéias no próprio cotidiano para desmistificar um pouco, mostrar outro lado”, destaca Ayala Lopes, estudante de jornalismo, fotografada.


Com uma linguagem ultra-experimental, foge do espaço tridimensional euclidiano, o espaço comum da arquitetura renascentista. Em uma viagem pelo novo fluxo da percepção visual, proporciona a imersão na imagem, onde o sujeito interpreta e interpenetra na obra.


Uma proposta artística vinculada aos movimentos da arte representativa, da abóboda celeste do impressionismo e do expressionismo, na qual se percebe a relação com teóricos como Maffesoli, Haull Stuart, Berinson, Francastel e Humberto Eco, por meio da manipulação, da apropriação e da criação da imagem.


O projeto Transforma iniciou com a disciplina Arte e Comunicação, do Curso de Comunicação Social, há dois anos. O trabalho é desenvolvido pela monitora Fernanda e Leônidas Vidal, com orientação do professor Renner.


A exposição que está no azul de Tiziano, no vermelho de Rafael e que está contido nas cores da internet, tem entrada franca. E o público terá a oportunidade de se render a uma arte estética, bela, instigante, rebelde, e que está em constante transformação.


Por Kall Britto,
Texto e Foto