UNEB em Greve

. 15 junho 2010
Os professores da Universidade do Estado da Bahia estão em greve por tempo indeterminado, desde quinta-feira da semana passada. No Departamento de Ciências Humanas, campus III, Juazeiro, estão paralisadas as atividades de ensino nos cursos de Comunicação Social, Pedagogia, no Programa de Formação de Professores (PROESP) em Letras, e nos cursos da Plataforma Freire, referente a História, Artes, Pedagogia e Letras, situados na sede e nos municípios de Curaçá, Casa Nova e Sento Sé.

Em reunião realizada ontem (segunda-feira), os docentes discutiram os encaminhamentos da greve, a realização de eventos com o Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS), como a palestra sobre Direito de Greve, na quarta-feira, às 15h. Também se colocaram favorável à realização da Seleção Pública para Professor Substituto, cuja inscrição segue até o dia 16 de junho, devido a necessidade de contratação de professor de Fotojornalismo, que foi oferecida neste semestre letivo e não há docente para ministrar as aulas.



Durante a reunião, foi confirmada a paralisação das atividades de extensão como as aulas da Universidade Para Todos (UPT), destinadas a alunos que se preparam para o vestibular, e na Universidade Aberta à Terceira Idade (UATI), em desenvolvimento na sede do Departamento. A Especialização em Ensino da Comunicação Social também se encontra paralisada, e as atividades de pesquisa.

Já as ações de extensão do Programa Eufonia, transmitido na Rádio Tropical Sat aos sábados, poderão ser mantidas desde que seja um instrumento de divulgação das lutas pela categoria docente e que discuta a situação da universidade.

Os professores decidiram entrar em greve para que o Governo do Estado abra a mesa de negociação setorial. O movimento docente, através da Associação dos Docentes do Estado da Bahia (ADUNEB), reivindica a incorporação de 70% da gratificação por Condição Especial de Trabalho (CET), contratação de professores e técnicos e o respeito ao Estatuto do Magistério, que prevê promoção e progressão na carreira docente.

Hoje, na Universidade, existem diversos processos de promoção à carreira paralisados, decorrente do Decreto 11.480 de contingenciamento do governo, editado em abril de 2009, prorrogado em outubro de 2009 para dezembro do mesmo ano e, posteriormente, reeditado por mais um ano, com vigor até dezembro de 2010. Estes processos têm sido controlados pela Secretaria de Administração do Estado da Bahia (SAEB) e alguns docentes esperam há um ano para que ocorra a mudança de classe, como o enquadramento funcional como professor assistente, adjunto, que representa direitos sociais assegurados ao docente, e o direito à mudança de regime de trabalho, como o regime de Dedicação Exclusiva.

Para discutir os encaminhamentos da greve, foi criada uma comissão, constituída pelos professores Andréa Cristiana, Cosme Batista, Josemar Martins e colaboradores como professor Edmerson Reis e Verbena Mourão e aberta à participação de outros docentes.

Por Redação MultiCiência