Redes sociais colaboram para construir subjetividades

. 24 novembro 2010

As redes sociais ganham cada vez mais adeptos, jovens se rendem ao fascínio da comunicação virtual. Mas porque será que sites como Orkut, twitter e facebook conquistam tantos usuários quase que instantaneamente?

Em visitas feitas a lan houses de Juazeiro jovens afirmam que, apesar do “bum” do twitter, principalmente em relação aos famosos que postam mensagens instantâneas, a rede social mais utilizada é o Orkut. Em todo o país, são 29,4 milhões de visitantes. Em média, eles gastam entre quatro a seis horas no site, vêem 657 páginas de conteúdo e visitam o site 35 vezes em um mês, segundo pesquisa da ComScore, empresa de mensuração de internet.

Nas lan houses, jovens juazeirenses entre 16 e 25 anos mandam scraps (mensagens), postam fotos, fazem amigos na rede e atualizam com freqüência seus perfis, mostrando para os outros e para si próprios como são, ou como gostariam de ser. Eles também participam de comunidades que formam grupos de interesses comuns e aproximam pessoas desconhecidas. Segundo Jean Silva dos Anjos, grande parte dos seus amigos utiliza a comunicação virtual para manter contato com os amigos distantes, e acompanhar suas “mudanças e curtições”. Outros utilizam em busca de relacionamentos amorosos.

A internet se tornou palco desses anônimos que procuram afirmar uma subjetividade ou utilizam desse meio para se expor mais livremente, disfarçando muitas vezes sua timidez. “É também através das redes que os jovens buscam expressar seus sentimentos, suas fases boas e ruins, demonstram-se apaixonados, decepcionados, tranqüilos”, diz a jornalista Cintia Sacramento que fez a monografia de especialização “O jovem e a construção de ‘si’ através da publicização de imagens e postagens nas redes sociais”, defendida este ano no Departamento de Ciências Humanas, da Universidade do Estado da Bahia.

Além de utilizar as redes sociais como instrumento para a publicidade de si, as redes facilitam o contato entre amigos e desconhecidos e estabelecem uma troca mútua de informações.

por Lorena Santiago (texto) e Emerson Rocha (foto)