Servidores técnicos podem aderir à paralisação por tempo indeterminado

. 11 maio 2011




“Paralisação de Advertência” foi o termo usado pelos funcionários, que interromperam as atividades hoje (11/05) até amanhã (12/05), no Campus III, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). “Estamos mobilizados mais uma vez, chamando o governo do descaso, novo governo, mas continua o descaso com os técnicos administrativos das universidades”, esclarece Paulo Moura, do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS).



Os funcionários técnicos estão protestando contra o Decreto 12.583, que afeta diretamente a Universidade como a suspensão do aumento, concessão ou ampliação de percentuais na cota das Gratificações por Condições Especiais de Trabalho (CET). Eles reivindicam também a incorporação da gratificação de suporte técnico universitário para os funcionários de nível fundamental ou Nível de Apoio (NA) que, após processo de reestruturação das universidades estaduais, perderam o direito a CET. Além de mudanças requeridas por alguns funcionários como ampliação de regime de trabalho de 6h para 8h, que resultaria em melhorias das condições salariais.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do 3o Grau (Sintest), da Universidade do Estado da Bahia, analisou o Decreto e decidiu pela paralisação por dois dias. Se não houver acordo, os servidores vão aderir à greve. “Estamos reivindicando pelo salário digno dos servidores, além do pagamento da URV, abono salarial e insalubridade”, declarou Manoel Juarez de Souza, do Departamento de Ciências Humanas (DCH).

Segunda-feira (16/05) acontecerá a Assembleia Geral em Salvador e sairá o resultado sobre o indicativo de greve. “Se nós optarmos pela greve, vamos marcar movimentos maiores, por enquanto é só uma paralisação de advertência”, concluiu Juarez Souza.

Por: Karine Nascimento (texto)

Lorena Santiago (foto)