Os quatro primeiros participantes da 7ª Jornada Fotográfica do Vale do São Francisco se reuniram ao meio-dia de um sábado na Orla de Petrolina, ponto de encontro do grupo. Naquele dia (21/05), o destino dos fotógrafos era o Serrote do Urubu, localizado na zona rural do município pernambucano. A manhã nublada e o engarrafamento na ponte Presidente Dutra não espantaram os fotógrafos. Os transeuntes da orla viam um animado grupo de jovens e senhores de idades variadas que conversava sobre os mais diversos temas, sendo a fotografia o assunto principal. Às 13h, os 15 participantes seguiram em seus carros e motos para o Serrote, onde literalmente os urubus sobrevoavam.
Detalhes de cactos, folhas amontoadas, insetos, chão seco e rachado, o rio São Francisco como pano de fundo ou assunto principal. Esses foram alguns dos elementos retratados pelos participantes da Jornada. Na Universidade do Vale do São Francisco (UNIVASF), uma semana após o evento, todos os olhares eram direcionados à projeção das fotos no quadro branco. O grupo de fotógrafos, em um clima amistoso, discutia as imagens e, atentos, observavam as diferentes perspectivas diante de um mesmo tema ou mesmo objeto. Naquele dia, todos deveriam levar, no máximo, 20 fotos do passeio fotográfico para serem analisadas em conjunto.
Esse é o ritual das Jornadas Fotográficas do Vale do São Francisco, que surgiram em setembro de 2010, idealizado pelo professor de Engenharia da Computação, Marcus Ramos. Com pouquíssima divulgação, mas já com alguns adeptos, o primeiro passeio teve como tema a Parada da diversidade: Petrolina Além do Arco-Íris. “De lá para cá, fomos conquistando um público cada vez maior e um espaço mais amplo na mídia”, lembra Marcus, que também destaca a importância do depoimento de participantes de Jornadas anteriores, em uma espécie de boca a boca.
No grupo, todos têm algo a dizer do animado Eugênio Souza. Sempre falante, o diretor de tecnologia de uma empresa de motopeças, fotografa há aproximadamente três anos, um prazer que, segundo ele, foi intensificado nos últimos meses, em consequência das Jornadas. Frequentador assíduo, Eugênio esteve nas sete edições do evento e já se prepara para o próximo. Quando questionado sobre o que o motiva a participar, ele é direto: “A integração”. “Um dos objetivos é que todos tentem aprender e ensinar, compartilhando do pouco conhecimento que tem, já que a maioria não é profissional da área de fotografia”, complementa Souza. Ele também enfatiza a oportunidade de mostrar “o seu olhar” sobre um ponto de vista comum a todos.
Marcus Ramos ressalta a importância do grupo na construção de um registro visual de locais e eventos de interesse histórico, turístico, artístico e cultural da região do Vale do São Francisco. “Na medida em que novas jornadas forem sendo realizadas, teremos um material muito rico e diversificado, capaz de expor com grande impacto visual a beleza, o modo de vida e as tradições locais”, conclui. Hoje, a Jornada, que ocorre mensalmente, conta com o suporte da Internet, onde suas ações são divulgadas e as imagens de cada passeio fotográfico expostas. A lista de projetos futuros não para de crescer e surgem ideias de cursos, oficinas e realização de exposição.
Na última segunda-feira, no auditório da Livraria Cultura, no Recife (PE), ocorreu a primeira exposição do grupo. A mostra Retratos da Vida no Sertão do Velho Chico exibiu imagens produzidas pelos participante da 6ª Jornada Fotográfica, com foco no cotidiano da comunidade ribeirinha do Massangano. O evento foi marcado pelo lançamento do documentário “Velho Samba da Ilha”, dirigido pelo produtor cultural Chico Egídio. Em Petrolina, a exposição e o lançamento do filme acontecem na próxima segunda-feira (27/06), na Galeria Ana das Carrancas, no Serviço Social do Comércio (SESC).
É nesse ritmo que o coletivo, que tem a fotografia como interesse em comum, aos poucos se consolida e conquista espaços, contribuindo para o crescimento pessoal dos seus participantes. Como diz Eugênio: “carregue a bateria, que a próxima Jornada está chegando”. A 8ª Jornada Fotográfica do Vale do São Francisco é nesse domingo (26/06), durante a Missa do Vaqueiro, na orla de Petrolina. Como dizem alguns dos membros: E que venham as próximas Jornadas!
Mais informações no blog do grupo.
por Ilana Copque (texto). Fotos de Regina Lima, Ilana Copque e Maurício Fidalgo respectivamente. Matéria publicada no Gazzeta do São Francisco, na edição de Ano XV, 2.055, de 23 a 17 de Junho de 2011, Editoria Variedades.
Detalhes de cactos, folhas amontoadas, insetos, chão seco e rachado, o rio São Francisco como pano de fundo ou assunto principal. Esses foram alguns dos elementos retratados pelos participantes da Jornada. Na Universidade do Vale do São Francisco (UNIVASF), uma semana após o evento, todos os olhares eram direcionados à projeção das fotos no quadro branco. O grupo de fotógrafos, em um clima amistoso, discutia as imagens e, atentos, observavam as diferentes perspectivas diante de um mesmo tema ou mesmo objeto. Naquele dia, todos deveriam levar, no máximo, 20 fotos do passeio fotográfico para serem analisadas em conjunto.
Esse é o ritual das Jornadas Fotográficas do Vale do São Francisco, que surgiram em setembro de 2010, idealizado pelo professor de Engenharia da Computação, Marcus Ramos. Com pouquíssima divulgação, mas já com alguns adeptos, o primeiro passeio teve como tema a Parada da diversidade: Petrolina Além do Arco-Íris. “De lá para cá, fomos conquistando um público cada vez maior e um espaço mais amplo na mídia”, lembra Marcus, que também destaca a importância do depoimento de participantes de Jornadas anteriores, em uma espécie de boca a boca.
No grupo, todos têm algo a dizer do animado Eugênio Souza. Sempre falante, o diretor de tecnologia de uma empresa de motopeças, fotografa há aproximadamente três anos, um prazer que, segundo ele, foi intensificado nos últimos meses, em consequência das Jornadas. Frequentador assíduo, Eugênio esteve nas sete edições do evento e já se prepara para o próximo. Quando questionado sobre o que o motiva a participar, ele é direto: “A integração”. “Um dos objetivos é que todos tentem aprender e ensinar, compartilhando do pouco conhecimento que tem, já que a maioria não é profissional da área de fotografia”, complementa Souza. Ele também enfatiza a oportunidade de mostrar “o seu olhar” sobre um ponto de vista comum a todos.
Marcus Ramos ressalta a importância do grupo na construção de um registro visual de locais e eventos de interesse histórico, turístico, artístico e cultural da região do Vale do São Francisco. “Na medida em que novas jornadas forem sendo realizadas, teremos um material muito rico e diversificado, capaz de expor com grande impacto visual a beleza, o modo de vida e as tradições locais”, conclui. Hoje, a Jornada, que ocorre mensalmente, conta com o suporte da Internet, onde suas ações são divulgadas e as imagens de cada passeio fotográfico expostas. A lista de projetos futuros não para de crescer e surgem ideias de cursos, oficinas e realização de exposição.
Na última segunda-feira, no auditório da Livraria Cultura, no Recife (PE), ocorreu a primeira exposição do grupo. A mostra Retratos da Vida no Sertão do Velho Chico exibiu imagens produzidas pelos participante da 6ª Jornada Fotográfica, com foco no cotidiano da comunidade ribeirinha do Massangano. O evento foi marcado pelo lançamento do documentário “Velho Samba da Ilha”, dirigido pelo produtor cultural Chico Egídio. Em Petrolina, a exposição e o lançamento do filme acontecem na próxima segunda-feira (27/06), na Galeria Ana das Carrancas, no Serviço Social do Comércio (SESC).
É nesse ritmo que o coletivo, que tem a fotografia como interesse em comum, aos poucos se consolida e conquista espaços, contribuindo para o crescimento pessoal dos seus participantes. Como diz Eugênio: “carregue a bateria, que a próxima Jornada está chegando”. A 8ª Jornada Fotográfica do Vale do São Francisco é nesse domingo (26/06), durante a Missa do Vaqueiro, na orla de Petrolina. Como dizem alguns dos membros: E que venham as próximas Jornadas!
Mais informações no blog do grupo.
por Ilana Copque (texto). Fotos de Regina Lima, Ilana Copque e Maurício Fidalgo respectivamente. Matéria publicada no Gazzeta do São Francisco, na edição de Ano XV, 2.055, de 23 a 17 de Junho de 2011, Editoria Variedades.