Instrumento há muito utilizado nas grandes navegações, guardando informações, anotações e descrevendo descobertas, o Diário de Bordo se tornou projeto didático no Colégio Estadual Professora Florentina Alves dos Santos (Codefas). Alunos do terceiro ano registram matérias jornalísticas em um Diário de Bordo para contextualizar o conhecimento que eles adquirem por meio dos livros didáticos.
Durante todo o ano, a sala é dividida em grupos de cinco pessoas, que discutem um tema. E no decorrer de cada unidade, os alunos devem buscar nos jornais, revistas, telejornais, notícias ou reportagens factuais e inseri-las no Diário de Bordo. A seleção das notícias é aberta, eles só não podem usar blogs e pesquisas encontradas em sites desconhecidos ou sem credibilidade jornalística, como esclarece a professora Rosidalva Varjão, coordenadora do projeto nas disciplinas de Sociologia e Educação Urbana e Conservação Ambiental (Euca).
O projeto incentiva a leitura, pois os alunos descobrem outras formas de encontrar o conhecimento e de utilizá-lo no dia a dia. “Só estudava através dos livros e não percebia o que acontecia no mundo, não conseguia associar com a minha vida. Hoje, não deixo de ler jornal,” ressaltou o aluno Alisson Borges.
Além de incentivar a leitura, o diário trabalha a produção textual e a capacidade de interpretação dos alunos, pois, depois de escolhidas às matérias, eles devem produzir uma dissertação sobre elas, seguindo os critérios do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Com essa prática pedagógica, os alunos aumentam o vocabulário, melhoram a escrita, praticam a estrutura da redação, despertam o olhar crítico e aprendem a expressar suas opiniões. “Estou escrevendo bem melhor. Aprendi a me expressar, tenho mais vocabulário e ideias para dissertar”, diz a aluna Jacqueline Oliveira.
Depois do diário pronto, é hora de compartilhar com a turma. Cada grupo explica para os demais colegas o critério para escolha das notícias e reportagens e como determinado jornal expõe os fatos. Muitos deles conseguem identificar o perfil do meio de comunicação e dos jornalistas que veicularam determinada notícia. “Analisamos desde a linguagem a parcialidade de quem escreve determinada matéria. Identificamos também como a mídia se comportou e como as notícias que escolhemos, escritas daquele jeito, poderiam interferir em nós e na sociedade”, afirma a estudante Fernanda Vieira.
O uso de ferramentas pedagógicas, como o Diário de Bordo, é proposto pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) para o Ensino Médio e ajuda a enriquecer o processo de ensino-aprendizagem, procurando trabalhar o conhecimento de forma contextualizada. Quanto mais próximo o aluno se sentir da sua realidade, mais ele se interessa pelos conteúdos apresentados nas aulas e adquire o conhecimento mais facilmente.
Por Michelle Laudílio (Texto) e Karine Nascimento (foto), Matéria publicada no Gazzeta do São Francisco.
Durante todo o ano, a sala é dividida em grupos de cinco pessoas, que discutem um tema. E no decorrer de cada unidade, os alunos devem buscar nos jornais, revistas, telejornais, notícias ou reportagens factuais e inseri-las no Diário de Bordo. A seleção das notícias é aberta, eles só não podem usar blogs e pesquisas encontradas em sites desconhecidos ou sem credibilidade jornalística, como esclarece a professora Rosidalva Varjão, coordenadora do projeto nas disciplinas de Sociologia e Educação Urbana e Conservação Ambiental (Euca).
O projeto incentiva a leitura, pois os alunos descobrem outras formas de encontrar o conhecimento e de utilizá-lo no dia a dia. “Só estudava através dos livros e não percebia o que acontecia no mundo, não conseguia associar com a minha vida. Hoje, não deixo de ler jornal,” ressaltou o aluno Alisson Borges.
Além de incentivar a leitura, o diário trabalha a produção textual e a capacidade de interpretação dos alunos, pois, depois de escolhidas às matérias, eles devem produzir uma dissertação sobre elas, seguindo os critérios do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Com essa prática pedagógica, os alunos aumentam o vocabulário, melhoram a escrita, praticam a estrutura da redação, despertam o olhar crítico e aprendem a expressar suas opiniões. “Estou escrevendo bem melhor. Aprendi a me expressar, tenho mais vocabulário e ideias para dissertar”, diz a aluna Jacqueline Oliveira.
Depois do diário pronto, é hora de compartilhar com a turma. Cada grupo explica para os demais colegas o critério para escolha das notícias e reportagens e como determinado jornal expõe os fatos. Muitos deles conseguem identificar o perfil do meio de comunicação e dos jornalistas que veicularam determinada notícia. “Analisamos desde a linguagem a parcialidade de quem escreve determinada matéria. Identificamos também como a mídia se comportou e como as notícias que escolhemos, escritas daquele jeito, poderiam interferir em nós e na sociedade”, afirma a estudante Fernanda Vieira.
O uso de ferramentas pedagógicas, como o Diário de Bordo, é proposto pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) para o Ensino Médio e ajuda a enriquecer o processo de ensino-aprendizagem, procurando trabalhar o conhecimento de forma contextualizada. Quanto mais próximo o aluno se sentir da sua realidade, mais ele se interessa pelos conteúdos apresentados nas aulas e adquire o conhecimento mais facilmente.
Por Michelle Laudílio (Texto) e Karine Nascimento (foto), Matéria publicada no Gazzeta do São Francisco.