Corpo coreográfico da Escola Estadual Pedro Raimundo Moreira Rego |
Faixa da Siepex Júnior |
A professora Ana Emidia do Colégio Misael Aguilar Silva (CEMAS), orientadora do Clube de Astronomia e coordenadora do projeto Engre(S)er, relatou que a Siepex Júnior demonstrou uma experiência importante, pois “é o momento em que a comunidade acadêmica conhece o que estamos desenvolvendo na escola e também os nossos estudantes têm a oportunidade de conhecer o ambiente acadêmico”.
A professora do CEMAS Ana Emidia e a aluna Iandra Mirelle |
O projeto Engre(S)er que surgiu em 2022 desenvolve atividades com estudantes do ensino médio, colocando-os em contato com a cultura africana a fim de demonstrar o seu valor. Iandra Mirelle, estudante do CEMAS e participante do projeto, conta que o projeto “melhorou muita coisa na escola em questão de etnia, porque já vi muitas pessoas sofrendo bullying no colégio e com o projeto está parando mais. Não vou dizer que parou total porque o racismo continua, mas está melhorando bastante”, disse a aluna.
Celicia Rodrigues, coordenadora da EMEI Amélia Duarte |
Para Celicia Rodrigues, coordenadora da Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) - Amélia Duarte, a Siepex Júnior representou a chance de compartilhar o trabalho desenvolvido no “Maleta da Leitura” e possibilitar que mais pessoas disseminem a ideia. O projeto busca inserir as crianças no mundo da leitura, assim como suas famílias, a partir do momento em que as crianças levam a maleta de livros para casa e geram conexões.
Os professores do CODEFAS Vanessa Chaves e Charles Jean, com a diretora do DCH-III Edonilce Barros e a professora do curso de pedagogia Kalline Lira |
Na sala multiuso, coordenada pela professora do curso de pedagogia Kalline Lyra, ocorreram as apresentações do Colégio Democrático Estadual Professora Florentino Alves dos Santos (CODEFAS) que contou com a participação de professores do colégio e da diretora do Departamento de Ciências Humanas, Edonilce Barros.
As estudantes Joelma Borges e Daniele de Souza apresentaram o FACDEFAS, um projeto que tem o objetivo de fomentar através da arte o fazer interdisciplinar, traduzindo de maneira artística em um produto final todos os conhecimentos dos componentes curriculares do currículo oficial. Segundo o diretor Charles Jean da Silva Pereira, o projeto “é como uma linha que costura todos os conhecimentos que aprendemos de forma separada para que juntos, no final de tudo, o aluno consiga dar um significado, entenda que todo esse conhecimento está interligado”.
Os estudantes do CODEFAS, Gabriel Firmino e Janine Lopes apresentando o projeto Clube de Ciências Opará. |
Também foi divulgado na sessão de apresentações do CODEFAS, o “Clube de Ciências Opará” que enfatizou a construção do protagonismo estudantil na educação científica, proporcionando para os estudantes a visão de um currículo de ciências com a criação de projetos científicos e matéria de iniciação científica. Janine Lopes que participa do projeto desde o 1º ano e atua como diretora de comunicação no Instagram do projeto “@clube_de_ciencias_opara”, conta que o clube ajuda os alunos a se prepararem para entrar na universidade e a introduzir a linguagem científica no seu dia a dia.
A estudante ainda relata que o nome do clube “Opará” – o nome indígena do Rio São Francisco – visa justamente trazer a ideia de que a ciência também é cultura, inserindo os estudantes nas questões culturais da região, com a produção de artigos sobre a cidade. “O objetivo não só é trazer a ciência de uma forma diferente pros alunos, mas também mostrar essa parte cultural de Juazeiro. O clube de ciências Opará mostra uma ciência ampla. Tudo é ciência”, relata a estudante.
Aurilene Rodrigues, coordenadora do colegiado de pedagogia |
Para Aurilene Rodrigues, coordenadora do Colegiado de Pedagogia e membro da comissão organizadora do evento, a Siepex Júnior consolidou o diálogo entre a universidade e a comunidade, especialmente a educação básica. “A presença das escolas da rede municipal e estadual apresentando os seus projetos foi essencial. Esse diálogo com a educação básica era algo que almejávamos já há algum tempo”, disse a docente. O evento chegou ao fim marcado pela troca de experiências, de energia, sendo uma chance de construir outras experiências e abrir novas janelas de pesquisa, ensino e extensão.
Estudantes no encerramento das atividades da V SIEPEX |
Texto e fotografias por Jônatas Pereira, estudante de Jornalismo em Multimeios e monitor voluntário do NAC.