Foto: Aylla Bomfim
Filho do rock, do axé e das diversidades que lhe contornam, Marcos Cuper é o resultado das diversas experiências e vivências. O produtor, compositor e instrumentista baiano iniciou a sua trajetória aos 14 anos no cenário alternativo de Salvador, se destacando como guitarrista. A princípio, o gênero do rock and roll esteve presente na vida do artista, principalmente no início de sua carreira, tornando-se essencial para as suas futuras obras. Desta forma, ele utilizou das possibilidades que o gênero musical lhe proporciona para se destacar na forma de explorar a diversidade sonora e os diferentes ritmos que compõem a cultura baiana.
Ainda na juventude, o interesse pela produção musical começou a despertar, assim como o desejo de não se limitar a um único estilo. Esta pluralidade musical tornou-se logo uma marca presente em seus trabalhos e contribuindo para o enriquecimento da erudição, dando-lhe a versatilidade necessária para atuar em nichos diversos da música. Ao relembrar do primeiro trabalho com a gravação, Cuper menciona o dia que, em teoria, deveria ter sido notável e importante, mas que se tornou traumático, após participar de uma colaboração, viu que as obras estavam sendo desvalorizadas e subestimadas. Apesar desta situação negativa, o episódio serviu como chave para que ele transformasse as frustrações em motivação para aprimorar as suas habilidades, direcionando um novo olhar na sua identidade artística.
Foi durante este período que o Studio 60, um estúdio alternativo bastante conhecido na capital baiana, abriu as suas portas para que Marcos pudesse ensaiar e se dedicar às suas produções e, logo após, começar a estagiar na Revolusom, onde compreendia, por meio dos projetos, a dominar a magia de como masterizar, mixar e a organização do processo criativo. Foi lá onde surgiu o primeiro disco que produziu para a banda de heavy metal.
A necessidade de obter uma renda e o contato com diferentes gêneros o levaram a se dedicar a outros estilos musicais. O pop baiano começou a ganhar espaço em suas produções quando passou a trabalhar no ETA Estúdio. Esses diversos agrupamentos de sons, estilos e a demanda popular por este tipo de som foram essenciais na construção da personalidade artística de Marcos Cuper, ajudando a solidificar suas criações e a desenvolver a agilidade necessária para trabalhar com inúmeras formas em que a música pode se desdobrar. Desde então, a inovação em suas músicas e a autenticidade presente nelas fazem com que surgissem uma nova construção de linguagem do pop baiano, que se reinventa na composição de artistas como Cuper.
Ao falarmos de seus trabalhos, destaca-se um de seus maiores sucessos na produção, o álbum “Meu Esquema” da cantora feirense Rachel Reis, que contou com a sua participação e de outros artistas, dando destaque ao single “Maresia”. A parceria entre Zabelli, Rachel e outros artistas que participam do disco levaram a uma proporção inimaginável para ambos, elevando a patamares como o Grammy Latino de 2023 e nas participações em novelas e filmes. Cuper relembra também dos grupos que participa e que fazem parte do seu repertório de produções, como a Lambreta possuindo a fluidez da mistura do axé e do carimbó e o stoner metal do My Friend is A Gray também formam a diversidade como diferencial do instrumentista. Ele comentou sobre o cenário musical e as novidades que estão vindo por aí.
“Além disso, a gente tem produtores muito bons em Salvador, a gente tem Zamba, Faustino, Pivet Panda [..] A gente fica brincando que Salvador é exportação, que a gente trabalha para ser referência, assim como, o Norte que tem uma galera absurda. Tem um cara que eu tô produzindo junto com Felipe Cordeiro, chamado Aqno, que o disco dele vai ser uma coisa que vai quebrar o Brasil. [...] É um momento maravilhoso para cena, a gente tem bandas, tem artistas que representam muito bem este momento, a gente entendeu que tem que retroalimentar a cena, tem coisa nova vindo por aí”, destacou.
Durante a entrevista, ele revelou os novos caminhos que estão se desdobrando após a sua mudança para São Paulo e a falta de um projeto solo, que mostre a sua própria essência, surgindo assim, a necessidade de realizar o seu disco, que será lançado logo após o carnaval. A obra conta com as participações de Felipe Cordeiro, Tícia e entre outros grandes artistas. Cuper ainda comenta o desejo de ter a participação de Dona Odete em uma de suas músicas e a criação do disco do Baile Bole Rebole, em conjunto com Felipe Cordeiro, misturando o arrocha e outros estilos musicais.
Falar de Marcos Cuper é discorrer sobre a sua potência na indústria musical e a sua importância nesta revolução de um novo olhar do cenário pop baiano, como ressalta o produtor ao abordar o poder criativo e da briga por espaços no eixo musical. “É um momento muito bom porque não só a Bahia em si, mas o Pará, o Nordeste e o Norte estão ficando em muita evidência, e a gente vive em um contexto de que, infelizmente, o dinheiro ainda mora no Sudeste e no Sul. Mas, sabendo que a gente tem esse poder criativo, que tem essa fronte, a gente já consegue ter um respaldo muito maior, consegue brigar mais por este dinheiro.”
O artista esteve pela primeira vez em Juazeiro (BA), onde compartilhou a sua animação com a recepção do público com a nova fase de sua carreira no Festival do Bosque. O evento ocorreu nos dias 17, 19 e 20 de outubro, trazendo diversas atrações. Destacando-se a importância dos festivais, Cuper salienta a necessidade de eventos que promovam a visibilidade para os artistas que estão começando, especialmente no Nordeste.
Ainda na juventude, o interesse pela produção musical começou a despertar, assim como o desejo de não se limitar a um único estilo. Esta pluralidade musical tornou-se logo uma marca presente em seus trabalhos e contribuindo para o enriquecimento da erudição, dando-lhe a versatilidade necessária para atuar em nichos diversos da música. Ao relembrar do primeiro trabalho com a gravação, Cuper menciona o dia que, em teoria, deveria ter sido notável e importante, mas que se tornou traumático, após participar de uma colaboração, viu que as obras estavam sendo desvalorizadas e subestimadas. Apesar desta situação negativa, o episódio serviu como chave para que ele transformasse as frustrações em motivação para aprimorar as suas habilidades, direcionando um novo olhar na sua identidade artística.
Foi durante este período que o Studio 60, um estúdio alternativo bastante conhecido na capital baiana, abriu as suas portas para que Marcos pudesse ensaiar e se dedicar às suas produções e, logo após, começar a estagiar na Revolusom, onde compreendia, por meio dos projetos, a dominar a magia de como masterizar, mixar e a organização do processo criativo. Foi lá onde surgiu o primeiro disco que produziu para a banda de heavy metal.
A necessidade de obter uma renda e o contato com diferentes gêneros o levaram a se dedicar a outros estilos musicais. O pop baiano começou a ganhar espaço em suas produções quando passou a trabalhar no ETA Estúdio. Esses diversos agrupamentos de sons, estilos e a demanda popular por este tipo de som foram essenciais na construção da personalidade artística de Marcos Cuper, ajudando a solidificar suas criações e a desenvolver a agilidade necessária para trabalhar com inúmeras formas em que a música pode se desdobrar. Desde então, a inovação em suas músicas e a autenticidade presente nelas fazem com que surgissem uma nova construção de linguagem do pop baiano, que se reinventa na composição de artistas como Cuper.
Ao falarmos de seus trabalhos, destaca-se um de seus maiores sucessos na produção, o álbum “Meu Esquema” da cantora feirense Rachel Reis, que contou com a sua participação e de outros artistas, dando destaque ao single “Maresia”. A parceria entre Zabelli, Rachel e outros artistas que participam do disco levaram a uma proporção inimaginável para ambos, elevando a patamares como o Grammy Latino de 2023 e nas participações em novelas e filmes. Cuper relembra também dos grupos que participa e que fazem parte do seu repertório de produções, como a Lambreta possuindo a fluidez da mistura do axé e do carimbó e o stoner metal do My Friend is A Gray também formam a diversidade como diferencial do instrumentista. Ele comentou sobre o cenário musical e as novidades que estão vindo por aí.
“Além disso, a gente tem produtores muito bons em Salvador, a gente tem Zamba, Faustino, Pivet Panda [..] A gente fica brincando que Salvador é exportação, que a gente trabalha para ser referência, assim como, o Norte que tem uma galera absurda. Tem um cara que eu tô produzindo junto com Felipe Cordeiro, chamado Aqno, que o disco dele vai ser uma coisa que vai quebrar o Brasil. [...] É um momento maravilhoso para cena, a gente tem bandas, tem artistas que representam muito bem este momento, a gente entendeu que tem que retroalimentar a cena, tem coisa nova vindo por aí”, destacou.
Durante a entrevista, ele revelou os novos caminhos que estão se desdobrando após a sua mudança para São Paulo e a falta de um projeto solo, que mostre a sua própria essência, surgindo assim, a necessidade de realizar o seu disco, que será lançado logo após o carnaval. A obra conta com as participações de Felipe Cordeiro, Tícia e entre outros grandes artistas. Cuper ainda comenta o desejo de ter a participação de Dona Odete em uma de suas músicas e a criação do disco do Baile Bole Rebole, em conjunto com Felipe Cordeiro, misturando o arrocha e outros estilos musicais.
Falar de Marcos Cuper é discorrer sobre a sua potência na indústria musical e a sua importância nesta revolução de um novo olhar do cenário pop baiano, como ressalta o produtor ao abordar o poder criativo e da briga por espaços no eixo musical. “É um momento muito bom porque não só a Bahia em si, mas o Pará, o Nordeste e o Norte estão ficando em muita evidência, e a gente vive em um contexto de que, infelizmente, o dinheiro ainda mora no Sudeste e no Sul. Mas, sabendo que a gente tem esse poder criativo, que tem essa fronte, a gente já consegue ter um respaldo muito maior, consegue brigar mais por este dinheiro.”
O artista esteve pela primeira vez em Juazeiro (BA), onde compartilhou a sua animação com a recepção do público com a nova fase de sua carreira no Festival do Bosque. O evento ocorreu nos dias 17, 19 e 20 de outubro, trazendo diversas atrações. Destacando-se a importância dos festivais, Cuper salienta a necessidade de eventos que promovam a visibilidade para os artistas que estão começando, especialmente no Nordeste.