Cultura afro-brasileira e ancestralidade são celebrados em escolas de Juazeiro-BA durante todo ano


Codefas, Colégio Estadual Rui Barbosa e Colégio Helena Celestino desenvolvem projetos que valorizam a cultura afro-brasileira e indígena, e mostram a importância de reconhecer a ancestralidade e pensar sobre essas questões todos os dias, não somente no mês de novembro.

Por Ana Beatriz Menezes

Falar, pensar, refletir e estudar sobre a  herança cultural afro-brasileira e indígena deveria ser recorrente no nosso dia a dia, visto que é algo que nos atravessa a todo momento. Estão em nós, na construção do que se conhece como Brasil desde os primórdios, desde a cor da pele, a etnia, mas que não é o que acontece no cotidiano e isso se reflete na educação e na preservação da nossa história enquanto povo.

Com o intuito de fazer os estudantes de todo o Brasil estudarem de verdade o que aconteceu no país, a ancestralidade negra e indígena, e que muitas vezes não vai parar nos livros de história, o Governo Federal criou em 2003 e 2008, respectivamente, as Leis 10.639 e 11.645, que tornaram obrigatório o ensino da história e culturas afro-brasileira e indígena nas escolas públicas e privadas do país.
 
Porém, isso não vem sendo implementado, pois, segundo o estudo realizado em 2023 pelo Geledés - Instituto da Mulher Negra e o Instituto Alana, com 1.187 Secretarias Municipais de Educação do país, o que equivale a 21% das redes municipais de ensino, revela que apenas 29% dessas secretarias realizam ações consistentes para garantir a implementação da Lei 10.639. Quanto à Lei 11.645, não foram encontrados dados. 

Em Juazeiro, cidade que fica no norte da Bahia - estado com a maior população autodeclarada negra do Brasil - escolas da educação básica - ensino fundamental II e ensino médio - estão nesses 29%, e dão exemplos de condutas a serem seguidas pelas instituições de ensino, pensando sobretudo na valorização da ancestralidade negra e indígena, e no combate ao racismo. 


Iniciativas na prática 
O Encrespa - Codefas



É o caso do Colégio Democrático Estadual Professora Florentina Alves dos Santos, o Codefas, localizado no bairro Piranga, que tem um projeto chamado Encrespa, cujo intuito principal além do cumprimento da legislação, é desconstruir estereótipos que incidem sobre as populações e culturas negras, que foram cristalizadas por abordagens que as folclorizam. A iniciativa também busca a valorização da intelectualidade e autoestima, temas que são abordados exclusivamente em novembro, mês da Consciência Negra.


“O Encrespa é sobre nós que fazemos o Codefas, professores, alunos e funcionários. Nós somos a população negra do Brasil e temos essa dificuldade muitas vezes de dizer quem nós somos”, diz Vanessa Chaves, professora e uma das fundadoras do projeto. A iniciativa desenvolve ações durante todo o ano letivo que focam em diversos temas importantes para a comunidade negra e juazeirense no geral, que é composta por mais de 60% da população que é de 254.481 habitantes. 


São produzidos por todos os alunos da escola artigos científicos voltados para questões importantes a população negra, além de rodas de conversa, leituras de livros de autores negros(as), e discutidos temas relacionados à autoestima, cultura, educação e racismo - tão estrutural na sociedade que faz vítimas todos os dias -, dentre outros assuntos. Além disso, o Encrespa tem também um grupo de balé, o EncrespArte, a Afropercussiva - banda de percussão formada por alunos da escola, e o EncrespaErê - banda percussiva que tem espaço para a comunidade externa. 


Em julho desse ano, foi realizada a Mostra do Conhecimento Maria Felipa, um espaço para os alunos mostrarem as produções realizadas na escola, e no último dia 19 de novembro, aconteceu o Festival do Novembro Negro, um momento festivo, de celebração cultural, que contou com a apresentação da Afropercussiva e outras manifestações culturais. O foco do evento é principalmente fechar as atividades letivas do projeto, formar o senso crítico dos(as) alunos(as) e um conhecimento “encrespado”, que de fato represente a população negra da Bahia e do Brasil, que é a maioria. 



Festival Encrespa 2024, Mirail Menezes.



O Fubá - Colégio Helena Celestino


Fundado em 1972 e municipalizado em 2020, o Colégio Municipal Helena Celestino Magalhães tem cerca de 800 alunos(as) matriculados(as) e funciona no bairro Castelo Branco. Em 2023, a professora de História, Arte e Ensino Religioso, Lorene Santos, motivada por uma inquietação pessoal e diante de situações observadas na escola, resolveu criar o projeto Festival Unificado Brasil-África - o FUBÁ, que encerra atividades realizadas o ano todo. 


A iniciativa tem o objetivo principal de atender o disposto nas Leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08, e é colocada em prática no dia a dia pelos professores, que, segundo a fundadora, estiveram mais engajados de fato nesse ano. Mas, ainda há resistência em trabalhar os assuntos o ano todo.


Bom, esse ano percebi um engajamento maior entre os colegas e percebi a temática dentro dos conteúdos programados. Outros não, deixaram para abordar apenas no mês do festival”, declara a professora.


Na primeira edição realizada em 2023, funcionou em formato de oficinas, oferecidas para todos os alunos da escola. Neste ano, na segunda edição, cujo evento de culminãncia ocorreu nesta terça-feira, dia 19 de novembro, o projeto funcionou em formato de um museu expedicionário, que contou com a construção dos alunos e professores orientadores, além de salas temáticas divididas por área do conhecimento - Linguagens, Ciências Humanas e da Natureza - onde os estudantes exibiram trabalhos de pesquisa e objetos que representam a cultura afro-brasileira,  produzidos ao longo do ano, elaborados com base em autores(as) negros(as) e iniciativas parecidas.



II Fubá, Lorene Santos



Letramento racial através do teatro - Colégio Rui Barbosa

No Colégio Estadual Rui Barbosa, situado no bairro Santo Antônio, não há de fato um projeto que foque especificamente na valorização da cultura afro-brasileira e indígena. Entretanto, dentro de áreas do conhecimento específicas, são realizadas pelo professor de teatro, Maurício Barbosa, durante todo o ano, oficinas de teatro com estudantes de todas as turmas da escola, que focam na arte e cultura-brasileira. Pensam o combate ao racismo, em suas diversas manifestações, principalmente o racismo velado, e os diversos impactos que causa nas pessoas que são vítimas deste tipo de crime, sobretudo os psicológicos.

O professor Maurício Barbosa conta que as oficinas são realizadas através de uma parceria com profissionais da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), são uma forma de unir coisas que são importantes para ele, diante do que enxerga como papéis da educação. Ele acredita que é possível que os jovens tenham o letramento racial necessário, o que, além de ser papel da família, é da escola, mas também desenvolvam habilidades artísticas.“É importante porque os estudantes têm a oportunidade de conhecer outras áreas, para ver se eles se encaixam, o que pode influenciar no futuro”, diz o professor. 

Todo ano há um tema a ser trabalhado nas oficinas; o deste ano foi baseado no livro do escritor baiano Jorge Amado, Capitães de areia, dentro do qual foram elaborados diversos espetáculos. Um deles foi o “Trombadinhas: ainda existem os Capitães de areia”, apresentado primeiramente no Colégio Rui Barbosa, nesta terça-feira (19/11).



Espetáculo Liberdade, Liberdade!, Maurício Barbosa

Vitória Ferreira faz parte de um dos grupos que realiza as oficinas e diz que o teatro da forma que o professor Maurício trabalha na escola é muito importante para ela, pois pode se desenvolver artisticamente e se formar quanto à necessidade de combater o racismo, enquanto uma mulher negra. Ela participou do espetáculo realizado no ano passado, o “Liberdade-liberdade”, também próximo do dia da Consciência Negra, e acha que foi muito bom, além de tudo o que aprendeu. “Eu resolvi participar do Liberdade-liberdade porque me senti representada e bem à vontade com o tema”, conclui Vitória. 



Espetáculo Liberdade, Liberdade! Maurício Oliveira.


Para além de cumprir as determinações das leis federais, tais iniciativas evidenciam a necessidade  da educação ser de fato contextualizada considerando o território que pisa e a história que de fato lhe diz respeito, que por muitas vezes não aparece nos livros de História.

Sem plano de gestão de resíduos sólidos, Juazeiro é uma das mais de mil cidades brasileiras que não realiza coleta seletiva

Coleta seletiva, consumo consciente e reciclagem são termos frequentemente usados quando se fala de sustentabilidade e meio ambiente. Há 14 anos, a Lei 12.305 instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que determina a criação de planos de gestão de resíduos sólidos e coleta seletiva em escala nacional, estadual e municipal.

De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), em 2020, foram geradas 79,6 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos, o que pressupõe um aumento de 50% desse quantitativo até o ano de 2050, em comparação ao ano de 2019.

A Política Nacional citada determina que cada esfera tenha um planejamento técnico para a destinação dos resíduos, criando seu próprio sistema de diagnóstico, metas a serem alcançadas e soluções para os problemas ambientais. Não à toa, a Lei prevê incentivos financeiros para os municípios que têm o plano elaborado e implementado.

Em março de 2023, o Ministério Público do Estado da Bahia acionou o município de Juazeiro, no norte baiano, para que ele adequasse o plano de saneamento básico ao de resíduos sólidos, de acordo com as normas ambientais vigentes, até o ano de 2025. Segundo o Ministério, a ação está em processo de avaliação pela Justiça, na 1° Vara da Fazenda Pública de Juazeiro.

O pesquisador e ambientalista do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental, Vitor Marcos Lima, da Universidade Federal do Vale do São Francisco, aponta a necessidade do município ter um plano de gestão de resíduos para identificar o que é originado dentro do seu território. “Um plano bem feito dispõe de informações necessárias para que o município passe a perceber se está gerindo os resíduos de forma correta e o que pode ser melhorado. Isso traz benefícios para a saúde pública e para o meio ambiente”, esclarece.

Vitor defende que é importante entender a diferença entre resíduos e rejeitos e a destinação final de cada um. “O rejeito é um estágio alcançado pelo resíduo, em que ele não tem mais nenhuma finalidade. Todas as limitações de uso que aquele material poderia ter foram esgotadas. Já o resíduo é o material que cumpriu sua finalidade, mas ainda apresenta possibilidades de ser reinserido novamente em sua cadeia produtiva”, explica.

Ele também comenta sobre a importância de o cidadão comum ter um conhecimento básico sobre o assunto. A partir disso, é possível praticar ações que colaborem na destinação correta de cada material, dentro da rotina particular de cada pessoa. “São atitudes que por mais que pareçam pequenas, são passos para conseguir chegar a um modelo de gestão mais eficiente”, afirma.

A médica Thereza Carvalho reside em Juazeiro e gostaria de fazer mais pelos resíduos que produz em sua casa. Ela lamenta a falta do plano e da coleta seletiva, e comenta outras ações que pratica individualmente. “Sem a coleta seletiva, separar meu lixo para ver o caminhão misturar tudo no compactador passou a me desmotivar um pouco. Hoje, o que ainda faço sem falta é separar pilhas e baterias ou equipamentos eletrônicos e fazer o descarte nos pontos de coleta apropriados, destinados a esse tipo de material”, desabafa.

Imagem: reprodução/Descarte seletivo

Fonte: Coalizão Embalagens

A coleta seletiva (ou a falta dela)

Além da falta do plano de gestão municipal de resíduos, Juazeiro é uma das mais de mil cidades brasileiras que não possui iniciativa de coleta seletiva, de acordo com dados do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2020, em pesquisa realizada pela ABRELPE, em 2019.

O município tem uma Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis (Cooperfitz), que há cerca de 12 anos realiza o serviço de coleta de resíduos não perigosos e mantém parceria com a prefeitura municipal para algumas atividades.

Foto: José Ivo dos Santos

O presidente da cooperativa, José Ivo dos Santos, relata que há um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o Ministério Público e a prefeitura municipal junto à cooperadora, mas que pouco se fala da adequação do município ao plano de gestão de resíduos e à coleta

seletiva. “Até hoje ainda se enterra material reciclável no aterro. Se paga para aterrar, mas não se paga para coletar. A cadeia produtiva da reciclagem é muito importante porque evita retirar matéria-prima da natureza”, desabafa.

A coleta convencional, feita com o caminhão de lixo de porta a porta, é realizada pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Juazeiro, que tem um acordo de cooperação técnica com a Cooperfitz, fornecendo um caminhão em alguns dias da semana e assessoria aos catadores. Porém, José Ivo expressa que ainda não é o suficiente.

“O que a gente ‘briga’, às vezes, com o município, é que dentro da elaboração desse plano de resíduos, se tire um caminhão da coleta convencional para disponibilizar para a coleta seletiva. Eu acho que tirando um carro desses para fazer a coleta seletiva, não atrasaria a coleta convencional e estaria ajudando o município”, expõe.

Foto: José Ivo dos Santos

A coleta feita pelos catadores ocorre de rua em rua e no comércio. É um ato independente, sem vínculo com a prefeitura. Esse trabalho é a fonte de renda para os cooperados e suas famílias. “A gente ‘briga’ pelo contrato de coleta seletiva, para o município contratar a cooperativa, porque contratando, a gente poderia colocar mais catadores dentro dela. Ia gerar mais renda e a gente poderia começar a implementar a coleta seletiva no nosso município”, esclarece.

Ainda, segundo a Política Nacional, a contratação de cooperativas para execução do plano de resíduos dispensa licitação, ou seja, não há burocracias. Nesse sentido, para o presidente da Cooperfitz, há falta de interesse por parte da prefeitura.

“Por mês, a cooperativa tira do meio urbano de 27 a 30 toneladas de material reciclável, como papelão, plástico, vidro e latinha, dentro do município. E por dia, são jogadas mais de 80 toneladas de material no aterro. Não chega nem a 1% de material reciclado dentro do município”, compara.

Foto: José Ivo dos Santos

O que diz o Serviço Autônomo de Água e Esgoto

A técnica ambiental do SAAE, Thaís Lima, informa que o município tem o plano de saneamento básico que contempla resíduos sólidos, mas precisa fazer o plano de gestão de resíduos previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos. Ela explica ainda que toda a coleta feita pelo caminhão de lixo vai diretamente para o aterro sanitário, sem triagem. Na cidade, somente é reciclado o material que a Cooperfitz coleta, já que não há coleta seletiva domiciliar.

Thaís comenta que a autarquia pratica ações socioeducativas nas escolas, para abordar sobre água, esgoto e resíduos, e que há previsão de implantar um projeto de ponto de entrega solidária, com ecopontos, a fim de permitir o descarte seletivo pela população. Contudo, mesmo para a inserção desse projeto, seria necessário o plano de gestão de resíduos para que tudo ficasse bem amarrado.

“Como o plano é municipal, cabe à prefeitura fazer o trâmites por lá. O SAAE tem o próprio plano de resíduos como empresa, e tem o plano de saneamento, que é do município. Porém, o plano de gestão integrada é de cargo municipal, mas não sabemos como está o andamento por lá”, declara.

Diante disso, a criação e a efetivação de um plano de gestão de resíduos sólidos no município perpassa não só o âmbito da administração pública, mas envolve a coparticipação de catadores, do serviço de água e esgoto e da própria população. O adiamento dessa medida impacta diretamente o desenvolvimento socioambiental sustentável, o uso racional de recursos, a geração de renda e a participação popular na transformação da realidade local.

Por Lorena Garcia, em colaboração com a disciplina de Redação Jornalística II, do curso de Jornalismo em Multimeios da UNEB Juazeiro.

Mostra STEAM: Alunos da Rede SESI-Juazeiro Desenvolvem Projetos com Criatividade e Sustentabilidade no Vale do São Francisco

Com o objetivo de destacar soluções inovadoras nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática (STEAM), envolvendo todas as disciplinas do currículo escolar, a Rede SESI-BA de Educação realizou a Mostra SESI STEAM, reunindo projetos desenvolvidos por alunos da instituição.

A mostra científica é o espaço para os estudantes apresentarem resultados das pesquisas desenvolvidas nos projetos criados por eles, onde desenvolveram soluções inovadoras, tecnológicas e sustentáveis para melhorar a qualidade de vida da população local. Sobre esse aspecto, o professor do ensino fundamental e médio, Wesley Gomes, que também é responsável pelo projeto “couro sustentável”, reforça aspectos positivos sobre o desenvolvimento dos projetos para a aprendizagem dos alunos, “os benefícios são a conservação do meio, olhar responsável pelo meio ambiente, eles aprendem a usufruir do meio ambiente de forma sustentável.”

Os projetos apresentaram uma diversidade de temas e abrangência. Entre as soluções inovadoras, destacam-se o couro sustentável feito a partir do cacto de palma, a casa sustentável com sistema de ventilação e um sistema de irrigação automatizado com Arduino, ambos com foco em sustentabilidade e apoio à agricultura familiar.
  • Couro sustentável feito a partir do cacto de palma
Reprodução: MultiCiência

A iniciativa que busca a criação de um "couro" sustentável feito a partir do cacto palma, é uma alternativa que visa substituir o couro tradicional por um material biodegradável, com maior durabilidade e menos prejudicial ao meio ambiente. A pesquisa além de vegana, foca em soluções sustentáveis para a indústria da moda, promovendo o uso de recursos renováveis, contribuindo para a preservação ambiental ao evitar o uso de peles de animais.

O projeto surgiu de uma pesquisa da aluna Sol Arruda, que achou interessante a criação de um couro livre de PVC, desenvolvido no México, que ainda não era 100% sustentável. A partir dessas pesquisas, os estudantes desenvolveram testes até alcançarem a versão apresentada na Mostra, composta por cola branca, amido de milho, sisal, cola de madeira, e o principal componente, o cacto de palma.

Essa ação visa a redução do uso do couro animal, reduzindo a produção em grande escala e o descarte exacerbado do uso do couro na indústria da moda. A aluna do 9° ano, Melissa Bitencourt, explica como o projeto é inserido dentro das matérias da grade curricular. “As matérias andavam sempre juntas, como a matemática, no momento da medição das quantidades para a fabricação, e a geografia na identificação da região em que o cacto palma está inserido”. O projeto é inovador, principalmente pela criação de um material vegano e sustentável que se destaca pelo uso de um material encontrado em abundância na região.
  • Projeto de irrigação automatizada com arduino
Esse sistema visa otimizar o uso de água em plantações, ajustando a irrigação conforme as necessidades das plantas detectadas por sensores, promovendo a redução de desperdícios e melhorando a sustentabilidade no uso de recursos hídricos. Com a criação do projeto, os estudantes perceberam que ajudariam ainda os pequenos agricultores e a agricultura familiar a reduzir os gastos de forma eficiente e com baixo custo.

A discente do 2° ano, Caroline Duarte, comenta sobre sua alta expectativa com o sistema de controle de irrigação. “O nosso projeto é desenvolvido inicialmente para pequenos agricultores, para que eles consigam controlar o sistema de irrigação de forma remota. Uma vez, que Juazeiro é conhecida por ser a ‘princesa da plantação’, então esperamos um retorno econômico, com o aumento da produtividade”.

O projeto começou a ser desenvolvido no início do ano letivo, o grupo se dividiu na organização, programação, e compra dos materiais. Apesar de se inspirarem em uma iniciativa já existente, os alunos fizeram diversas modificações para conseguir apresentar a pesquisa final.

Reprodução: MultiCiência

Para o professor de física Francisco Menezes, responsável pelo projeto de irrigação, explica que com o protótipo desenvolvido pelos alunos, eles aprendem não só sobre tecnologia, como também matemática financeira, já que a partir da criação conseguiriam reduzir o gasto do pequeno agricultor em uma quantia significativa de até quatrocentos reais. Dentro das habilidades desenvolvidas durante o processo, o docente percebeu a desenvoltura social dos alunos, “o aluno que no começo do ano está “travado”, no final do ano letivo ele já tem uma desenvoltura comportamental e social mais adequada para o mercado” e completa “eles saem daqui com a mentalidade de ser empregador, não empregado”.
  • Projeto Casa Sustentável com sistema de ventilação
Essa ação, que é coordenada pelo professor Antonio Carlos Júnior, visa criar uma casa sustentável com sistema de ventilação apropriado para as casas no Vale do São Francisco, uma vez que a região é quente devido ao clima local. Apresentado inicialmente como uma maquete, os alunos pretendem expandir o projeto para o ramo da arquitetura. Segundo o professor responsável, os estudantes só quando iniciou o projeto, os estudantes perceberam a disparidade na construção de casa para pessoas de baixa renda, já que a iniciativa desse modelo é de casas desenvolvidas pelo Governo do Sul/ Sudeste do país, não é adaptado para o Nordeste, então as casas são construídas com sistema de aquecimento de água, algo desnecessário na região.

A maquete é montada com placas de gesso, papelão e cd simulando placas solares. A turma discute ainda a implantação de um sistema de captação de água para ajudar o homem do campo na produção agrícola em casa, como mini hortas, exemplo dado pelo professor.

Reprodução: MultiCiência

A estudante Ana Vitória Queiroz, afirma que a mostra STEAM provoca a pensar nos problemas reais, e prepara-os para buscar soluções em cima do tema proposto. Já para a discente Joana Honorato Nogueira, “ A STEAM forma para o futuro”.

A Mostra SESI STEAM, vai além da culminância de projetos, é uma oportunidade para os estudantes da Rede SESI-BA desenvolverem habilidades essenciais para o futuro, voltados para a sustentabilidade, responsabilidade social e consciência de classe. Projetos como o couro sustentável, o sistema de irrigação automatizada com Arduino, e outras como a casa sustentável e o jardim vertical, apresentados na Mostra, não só estimulam o aprendizado prático das ciências e tecnologias, mas também promovem o pensamento crítico e a colaboração.

A iniciativa também reflete o compromisso da instituição em preparar jovens para os desafios do mundo, conscientizando sobre problemas reais e incentivando-os a pensar em soluções práticas que beneficiem sua comunidade. Dessa forma, os alunos desenvolvem competências que vão além da sala de aula, formando uma geração mais consciente e proativa.

Por Rayssa Keuri, estudante de Jornalismo em Multimeios e colaboradora do MultiCiência.

Egressa da UNEB exibe curta-metragem no 1º Festival de Documentários Cine Proa


Foto: arquivo pessoal de Aléxia Viana

Alexia Viana, egressa do curso de Jornalismo em Multimeios da UNEB, exibe o documentário “Uma herança de Barro” no I Festival de Documentários Cine Proa. Ela define o projeto com caráter memorial, que narra a história da produção de carrancas através do afeto, da madeira ao barro. Ao ser questionada sobre o que diria aos que estão começando a produzir conteúdos audiovisuais, Alexia destacou a importância de ter uma conexão genuína com o tema. "Produzir não é fácil, especialmente quando se trata de escrever o roteiro e encontrar fontes dispostas a colaborar", explica.

A jornalista pontua sobre esse trabalho ter significado especial, o material foi produzido em homenagem a uma amiga que faleceu, Gabriela Caboclo, também aluna de Jornalismo em Multimeios, além de parceiras na graduação e na vida, também tinha o audiovisual como um amor em comum. Para ela, escolher um assunto pelo qual se tem verdadeira paixão é essencial para superar os desafios da produção. Afirma que vê a projeção do documentário como uma forma de honrar essa amizade e o trabalho que iniciaram juntas.

O Cine Proa apresentou curtas-metragens e médias metragens de forma gratuita, além de promover diálogos e atividades de formação. O evento ocorreu nas cidades de Orocó e Petrolina, no território do Sertão do São Francisco em Pernambuco, o espaço tornou-se de partilha para uma amostra de talento e criatividade de produtores audiovisuais.

A programação foi dividida entre exibições no Cine Teatro Massangano, no bairro Rio Corrente, e no formato de cinema de rua, no espaço cultura Janela 353, no Centro, ambos em Petrolina (PE). Na última semana, o Cine Proa contou com uma oficina de vídeo ensaio sobre documentário com parceria com o projeto Fri(c)ções ministrado por Márcio Andrade e Gabriel Coelho. E foi finalizada com uma exibição em uma comunidade quilombola Mata de São João, em Orocó (PE).

Foto: Aléxia Viana

O evento organizado pela Abajur Soluções Artísticas, recebeu o apoio da prefeitura de Petrolina (PE) e também recursos de incentivo da Lei Paulo Gustavo, com o objetivo de fortalecer a cultura do audiovisual no Sertão. Para Fernando Pereira, produtor e um dos idealizadores do Festival, a proposta de um evento focado neste segmento surgiu de sua experiência no cinema. "O documentário, por muitos anos, foi a principal produção que a gente tinha na cidade", relembra ele.

Foto: Guilherme Passos

Ao idealizar o Cine Proa, Fernando quis destacar essa linguagem cinematográfica como forma de contar a história dos brasileiros, especialmente do povo pernambucano. "A mostra vem para marcar esse lugar, esse território", explica, ressaltando que o Festival, apesar de carregar o nome "Sertão", tem um alcance estadual, com filmes de Exu (PE) e Caruaru (PE), por exemplo.

A importância de festivais como o Cine Proa foi destacada por Felipe Kalahary, estudante de Ciências Sociais da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e espectador da mostra. "Eu acho muito importante a formação de espaços como esse, em que esses documentários dão voz as pessoas que muitas vezes não são ouvidas", afirma. Ele reflete sobre a necessidade de visibilizar as narrativas de populações periféricas e a presença desse público em momentos culturais.

O projeto surgiu em resposta ao aumento da produção audiovisual na região após a pandemia, impulsionado pelas leis de incentivo cultural. "A gente viu que o pessoal estava produzindo muito, não só documentários, mas curtas e longas-metragens", explica Camila Rodrigues, uma das produtoras do Festival. Camila narra sobre a importância do documentário como registro histórico. "Aqui na região a gente não tem nenhum festival voltado só para essa linguagem", aponta.

Essa visão é compartilhada pelo artista GG do Apocalipse, rapper e empreendedor, também participou do documentário “Arte Além das Fronteiras: Coletivo Ruas,” dirigido por José Charger. GG destacou a relevância de ter espaços para que artistas da periferia, como ele, possam se expressar e expor suas realidades. "É uma parada que a gente precisa muito ser ouvido".

O documentário aborda a cultura do hip hop no Vale do São Francisco e as dificuldades enfrentadas pelos artistas locais. "Por vezes, eu me emocionei assistindo a minha galera falar das mazelas da sociedade, tudo que elas nos corrompem", confessa GG, ressaltando os preconceitos que os artistas enfrentam ao espalhar sua arte.

O Cine Proa, o evento que ocorreu entre os dias 9 e de outubro, exerceu um papel fundamental no fortalecimento da cena audiovisual do Sertão de Pernambuco, servindo como momento, fomento e incentivo para que mais histórias locais sejam propagadas, abrindo novas possibilidades para artistas, diretores, produtores e profissionais do audiovisual. O festival preenche uma lacuna no cenário cultural local.

Por Meiwa Magalhães, estudante de Jornalismo em Multimeios e colaboradora do MultiCiência.

Marcos Cupertino - Um estilo alternativo do axé e do rock que vem ganhando espaço no cenário musical baiano


Foto: Aylla Bomfim

Filho do rock, do axé e das diversidades que lhe contornam, Marcos Cuper é o resultado das diversas experiências e vivências. O produtor, compositor e instrumentista baiano iniciou a sua trajetória aos 14 anos no cenário alternativo de Salvador, se destacando como guitarrista. A princípio, o gênero do rock and roll esteve presente na vida do artista, principalmente no início de sua carreira, tornando-se essencial para as suas futuras obras. Desta forma, ele utilizou das possibilidades que o gênero musical lhe proporciona para se destacar na forma de explorar a diversidade sonora e os diferentes ritmos que compõem a cultura baiana.

Ainda na juventude, o interesse pela produção musical começou a despertar, assim como o desejo de não se limitar a um único estilo. Esta pluralidade musical tornou-se logo uma marca presente em seus trabalhos e contribuindo para o enriquecimento da erudição, dando-lhe a versatilidade necessária para atuar em nichos diversos da música. Ao relembrar do primeiro trabalho com a gravação, Cuper menciona o dia que, em teoria, deveria ter sido notável e importante, mas que se tornou traumático, após participar de uma colaboração, viu que as obras estavam sendo desvalorizadas e subestimadas. Apesar desta situação negativa, o episódio serviu como chave para que ele transformasse as frustrações em motivação para aprimorar as suas habilidades, direcionando um novo olhar na sua identidade artística.

Foi durante este período que o Studio 60, um estúdio alternativo bastante conhecido na capital baiana, abriu as suas portas para que Marcos pudesse ensaiar e se dedicar às suas produções e, logo após, começar a estagiar na Revolusom, onde compreendia, por meio dos projetos, a dominar a magia de como masterizar, mixar e a organização do processo criativo. Foi lá onde surgiu o primeiro disco que produziu para a banda de heavy metal.

A necessidade de obter uma renda e o contato com diferentes gêneros o levaram a se dedicar a outros estilos musicais. O pop baiano começou a ganhar espaço em suas produções quando passou a trabalhar no ETA Estúdio. Esses diversos agrupamentos de sons, estilos e a demanda popular por este tipo de som foram essenciais na construção da personalidade artística de Marcos Cuper, ajudando a solidificar suas criações e a desenvolver a agilidade necessária para trabalhar com inúmeras formas em que a música pode se desdobrar. Desde então, a inovação em suas músicas e a autenticidade presente nelas fazem com que surgissem uma nova construção de linguagem do pop baiano, que se reinventa na composição de artistas como Cuper.

Ao falarmos de seus trabalhos, destaca-se um de seus maiores sucessos na produção, o álbum “Meu Esquema” da cantora feirense Rachel Reis, que contou com a sua participação e de outros artistas, dando destaque ao single “Maresia”. A parceria entre Zabelli, Rachel e outros artistas que participam do disco levaram a uma proporção inimaginável para ambos, elevando a patamares como o Grammy Latino de 2023 e nas participações em novelas e filmes. Cuper relembra também dos grupos que participa e que fazem parte do seu repertório de produções, como a Lambreta possuindo a fluidez da mistura do axé e do carimbó e o stoner metal do My Friend is A Gray também formam a diversidade como diferencial do instrumentista. Ele comentou sobre o cenário musical e as novidades que estão vindo por aí.

“Além disso, a gente tem produtores muito bons em Salvador, a gente tem Zamba, Faustino, Pivet Panda [..] A gente fica brincando que Salvador é exportação, que a gente trabalha para ser referência, assim como, o Norte que tem uma galera absurda. Tem um cara que eu tô produzindo junto com Felipe Cordeiro, chamado Aqno, que o disco dele vai ser uma coisa que vai quebrar o Brasil. [...] É um momento maravilhoso para cena, a gente tem bandas, tem artistas que representam muito bem este momento, a gente entendeu que tem que retroalimentar a cena, tem coisa nova vindo por aí”, destacou.

Durante a entrevista, ele revelou os novos caminhos que estão se desdobrando após a sua mudança para São Paulo e a falta de um projeto solo, que mostre a sua própria essência, surgindo assim, a necessidade de realizar o seu disco, que será lançado logo após o carnaval. A obra conta com as participações de Felipe Cordeiro, Tícia e entre outros grandes artistas. Cuper ainda comenta o desejo de ter a participação de Dona Odete em uma de suas músicas e a criação do disco do Baile Bole Rebole, em conjunto com Felipe Cordeiro, misturando o arrocha e outros estilos musicais.

Falar de Marcos Cuper é discorrer sobre a sua potência na indústria musical e a sua importância nesta revolução de um novo olhar do cenário pop baiano, como ressalta o produtor ao abordar o poder criativo e da briga por espaços no eixo musical. “É um momento muito bom porque não só a Bahia em si, mas o Pará, o Nordeste e o Norte estão ficando em muita evidência, e a gente vive em um contexto de que, infelizmente, o dinheiro ainda mora no Sudeste e no Sul. Mas, sabendo que a gente tem esse poder criativo, que tem essa fronte, a gente já consegue ter um respaldo muito maior, consegue brigar mais por este dinheiro.”

O artista esteve pela primeira vez em Juazeiro (BA), onde compartilhou a sua animação com a recepção do público com a nova fase de sua carreira no Festival do Bosque. O evento ocorreu nos dias 17, 19 e 20 de outubro, trazendo diversas atrações. Destacando-se a importância dos festivais, Cuper salienta a necessidade de eventos que promovam a visibilidade para os artistas que estão começando, especialmente no Nordeste.

Foto: Aylla Bomfim
Por Maria Helena Almeida, estudante de Jornalismo em Multimeios e colaboradora do MultiCiência.

Aluna da UNEB Juazeiro é selecionada para a bolsa Renaissance 2024, da fundação BeyGOOD

 

Uma das estudantes selecionadas pelo programa de Bolsas Renaissance 2024 é Ana Beatriz Menezes, do curso de Jornalismo em Multimeios do Departamento de Ciências Humanas III (DCH-III), campus Juazeiro. A iniciativa, fruto da parceria entre a UNEB e a Fundação BeyGOOD, da cantora estadunidense Beyoncé, oferece aos estudantes selecionados e aprovados uma bolsa de US$2 mil, o que equivale, aproximadamente, a R$10 mil, em uma única parcela.


Ana Beatriz diz estar feliz com o resultado e que não acreditou quando apareceu na lista dos selecionados e recebeu a notificação. “É um sentimento de valorização, por tudo aquilo que venho fazendo e vou fazer na universidade. Eu agradeço muito a UNEB e a Fundação que me oportunizaram um auxílio muito bom para a minha educação”, completa a discente.



Reprodução: Arquivo pessoal

A estudante ainda acrescenta que a carta de recomendação da professora Márcia Guena, docente do curso de Jornalismo em Multimeios, as pesquisas sobre comunicação antirracista no Observatório Racial da Mídia e os projetos de extensão, como a TV UNEB e o MultiCiência contribuíram para o seu currículo e ajudaram ela a ser escolhida. “Além da ajuda da professora Márcia, da pesquisa e dos projetos me ajudarem a conseguir a bolsa, também me mostraram uma nova realidade social, acadêmica e do trabalho de uma jornalista”.


Reprodução: Arquivo pessoal

A direção do DCH-III também parabenizou a aluna pela vaga no processo seletivo, “A Direção do DCH III felicita a aluna Ana Beatriz pela aprovação no processo edital, pois representa também o envolvimento da discente no processo formativo na extensão, na pesquisa e no ensino, nas diversas atividades em que atuou como Bolsista de Iniciação Científica, Bolsista de Iniciação à Extensão e Monitoria de Ensino, bem como o trabalho formativo desenvolvido pelos professores que contribuem para a sua formação. Desejamos ainda que os estudantes aproveitem os editais que têm sido promovidos pela UNEB em parcerias com instituições diversas”.




Trajetória de Ana Beatriz
Nascida e criada por uma família religiosa em Jaguarari-BA, Ana Beatriz sempre se mostrou determinada e talentosa. Estudante do ensino público, Ana foi destaque na Olimpíada Nacional de Português, ingressou no cursinho de pré-vestibular Universidade para Todos (UPT), obteve a maior nota no ENEM da sua cidade e ingressou na UNEB Juazeiro no curso de Jornalismo em Multimeios em 2022. Já participou de congressos, como o Intercom Nordeste e Nacional, como ouvinte e apresentando trabalhos, e de pesquisas sobre jornalismo antirracista. Ana Beatriz também faz parte dos projetos de extensão MultiCiência e TV Uneb, e também da equipe de produção da TV São Francisco como estagiária.


Claudiane Passos, prima de Ana Beatriz, a chama carinhosamente de Bia e diz que a estudante sempre foi um orgulho para a família. “Ela revelou seu sonho de ser jornalista para gente e ser selecionada para a bolsa mostra a importância desse sonho, para nós a trajetória dela é motivo de muito orgulho para a nossa família”.


O que é a bolsa RENAISSANCE 2024?

A Secretaria Especial de Relações Internacionais (SERINT) da Universidade do Estado da Bahia divulgou os candidatos e candidatas selecionados para o recebimento das bolsas Renaissance 2024.  


O Edital 085/2024 - SELEÇÃO DE CANDIDATOS(AS) AO PROGRAMA BOLSAS RENAISSANCE 2024 foi destinado para estudantes de graduação em situação de vulnerabilidade social, cadastrados no CadÚnico, vinculados(as) à cursos presenciais e EaD da Universidade do Estado da Bahia, com o objetivo de recebimento de bolsa de estudo, no âmbito do convênio entre a UNEB e a Fundação BeyGOOD no ano letivo de 2024.


A Fundação BeyGOOD foi criada em 2013 pela cantora estadunidense Beyoncé, e selecionou 15 estudantes da UNEB aptos/as ao recebimento da bolsa por meio de um barema que utilizava os quesitos de publicação de artigos, participação em programas de iniciação cientìfica, associação comunitária e movimentos sociais, monitoria de ensino e extensão, uma carta de intenção feita pelo aluno/a e entre outros.


Ana Beatriz Menezes está entre as pessoas selecionadas, mas o processo de aprovação para o recebimento da bolsa ainda não foi divulgado.

Por João Pedro Tínel, estudante de Jornalismo em Multimeios e colaborador do MultiCiência.