Em
tempos de crise financeira no mercado de trabalho, quem tem uma empresa e deseja
vencer a crise precisa investir em alternativas como soluções inovadoras para
os negócios ou aperfeiçoar o processo de gestão organizacional. O principal
passo é valorizar o relacionamento e a gestão pessoal. Este foi o tema discutido
pelo palestrante e diretor da Icofort, Osvaldo de Souza, em palestra realizada pela
UNINASSAU no final de julho.
A
gestão de pessoas pretende estimular o desenvolvimento dos colaboradores,
buscando a melhoria e a otimização das competências e habilidades, inclusive no
âmbito pessoal como guiar os profissionais para que cresçam na sua carreira. Durante
a palestra, foram demonstrados exemplos de superação e realização pessoal a
partir de relatos de pessoas que trabalham na empresa. O empresário esclarece
que o objetivo de uma empresa não é ter um número elevado de colaboradores, mas
capacitar, incentivar, e melhorar o quadro profissional existente, visando
transformar, futuramente, em líderes alinhados às necessidades e melhoria
organizacional.
“Deve
haver engajamento da equipe e o gestor deve procurar criar uma cultura de
confiança para que todos tenham o êxito em conquistar o objetivo
proposto. A gestão de pessoas possibilita o aumento da rentabilidade, bem como
a flexibilização do processo de comercialização”, afirma Osvaldo. Ele defende
ainda que a gestão de pessoa permite identificar técnicas e estratégias de
relacionamento com o cliente, assim como conhecimento das características e
hábitos de consumo.
A
confiança do funcionário com a empresa também é algo importante. “Quanto mais o
funcionário confia na empresa, maior é a satisfação do cliente. Tem uma lenda em
Petrolina e Juazeiro que o atendimento é péssimo, porque será minha gente? Será
que as pessoas são felizes nas empresas em que elas trabalham? Será que é
treinamento mesmo? Daí se contrata um plano de treinamento e não resolve nada,
porque não encontrou a causa do problema. Talvez o próprio gestor não esteja satisfeito
de estar ali, ou seja, o problema da região não é a ausência de treinamento, e
sim discutir com a equipe sempre que possível para estabelecer uma base de
confiança dentro do ambiente de trabalho”.
Ter
um bom plano de carreira também é importante, pois garante que os investimentos
darão o retorno necessário para capacitar o colaborador, explorar o potencial
da sua equipe e estimular e trocar ideias. Fazer pesquisas de clima
organizacional e conversar com sua equipe são estratégias que devem ser adotadas
pelas empresas.
Osvaldo
também deu dicas para quem quer construir uma carreira profissional no Vale do
São Francisco. “A grande sacada de tudo que a gente conversou hoje é a pessoa
ser o protagonista da própria carreira e
tratar como um negócio”.
Como
tendência atual, o gestor precisa se acostumar a promover intercâmbio, inovação,
empreender nas redes sociais, desenvolver seu trabalho com competência e pensar
também na satisfação dos funcionários no trabalho, como recomenda o Giftwork.
“O
gestor que decide investir no colaborador também promove o crescimento da
empresa. As pessoas que trabalham felizes rendem mais, desenvolvem muito mais
em prol da empresa. Foi por isso que abordamos essa temática porque achamos
bastante pertinente para estudantes e profissionais que querem trabalhar dessa
forma”, declara Kelly Ferreira,
coordenadora de pós-graduação da UNINASSAU/Petrolina.
Para
a estudante Vanessa Valéria de Souza, a palestra contribuiu bastante para sua
vida acadêmica e profissional, e considera a importância de tratar sobre o
tema. “Trouxe conhecimento, principalmente porque estou indo para o sexto
período do curso de administração, então é importante a instituição estimular a
gente para o mercado de trabalho. Às vezes, ficamos meio perdidos, porque a
gente conclui o ensino médio, entra na faculdade e discutir a realidade ajuda a
tomar uma decisão sobre que rumo queremos seguir”, afirma a estudante.
Diante de um mercado
competitivo, a gestão de pessoas se destaca no mundo
empresarial e de relacionamento pessoal. Administrar pessoas e potencializar o
desempenho de quem faz parte de uma empresa se tornou um diferencial
competitivo.
Repórteres: Patrícia Rodrigues/Moisés Cavalcante