Engorda de ovinos com capim aruana é alternativa para ovinocultores da região do Submédio São Francisco

. 31 março 2008
Foto: Estação Experimental de Caraíbas, da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrário

O Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais do campus III/UNEB, em Juazeiro, desenvolveu um estudo que aponta para o cultivo do capim aruana, na região do submédio São Francisco, como alternativa para engorda de ovinos.

A cultura de ovinos representa um importante nicho de mercado para a região, pois a Bahia é o segundo maior produtor do Brasil. No ano de 2006, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram criadas 3 milhões e 170 mil cabeças no estado, com destaque para as cidades de Remanso, Juazeiro, Uauá, Casa Nova e Monte Santo.

A iniciativa de buscar alternativas para incrementar este mercado partiu do professor Cláudio Mistura em parceria com o graduando em engenharia agronômica Toni Carvalho, que viram no cultivo deste capim uma forma de fortalecer o potencial agropecuário da região e aumentar os ganhos de produtividade do ovinocultor.

Segundo Cláudio Mistura, o objetivo era comprovar a possibilidade de ter animais prontos para abate, num período reduzido, alimentando-os com o capim aruana irrigado e adubado com nitrogênio e suplementando-os com sal mineral. Este método é vantajoso porque permite a engorda de até quatro lotes de animais ao longo de um ano, com período de três meses para obter peso adequado ao abate. Se o pecuarista utiliza os métodos convencionais, com período de engorda de seis meses, a produção obtida é de, no máximo, dois lotes.

No estudo, a área utilizada para os testes foi dividida em piquetes e subpiquetes, e submetida a diferentes doses de nitrogênio para que se pudesse avaliar o custo/benefício em cada quantidade.

Desta forma, a pesquisa concluiu que há condições viáveis para o comércio de ovinos e produtividade o ano todo, devido ao cultivo do capim aruana em sistema de irrigação. Outras vantagens são a oferta de um produto com melhor qualidade para o consumidor e a possibilidade de uma nova cultura para o fortalecimento do potencial agropecuário da região.

Por Elka Kelly
Mais informações: Claudio Mistura



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