1968: é preciso criar novas formas de reivindicação

. 27 maio 2008
Para Elizabeth Moreira falar de 1968 é discutir o papel do sujeito na sociedade

Na última segunda-feira, o Canto de Tudo foi palco de discussões sobre os 40 anos do Maio de 1968. O evento começou com a apresentação de vídeos de curta duração de Janis Joplin, Gilberto Gil, sobre as manifestações em Paris e um clip da música Roda Viva, cantada por Fernanda Porto e Chico Buarque, que foi censurada no ano de 68.

Em seguida, numa mise in cene tropicalista, os convidados se serviam de um banquete de frutas, sentados à mesa, estudantes de Comunicação encenaram uma apresentação com faixas e cartazes, ao som da música Tropicália, de Caetano Veloso.

Um documentário da TV Câmara com depoimentos sobre a censura à imprensa e às artes foi exibido para instigar a discussão e mostrar o contexto social, político e econômico, cultural da década de 1960. Logo após, teve início o debate com a participação de Elizabeth Moreira, ex-professora da UNEB, que em 68 era estudante da USP, e Pinzoh, já era hippie, pois “andava nu, urinava em qualquer lugar”, como ele mesmo afirmou, afinal tinha um ano de idade.

Segundo a professora Elizabeth Moreira, é importante sempre debater o ano de 1968 no sentido de discutir o papel do sujeito na sociedade. Porém, alerta que “não se pode tentar copiá-lo, mas criar novas formas de atuação e reivindicação”.

Após o debate, houve apresentações musicais com Luiz Eduardo, estudante de Direito da UNEB, e Pinzoh.

Uma Exposição de fotografias, com reportagens de jornais e discos da Tropicália e MPB, compõe o evento 40 anos do Maio de 68. O material está exposto no DCH e fica até o dia 7 de junho.


Por Paulo Victor

da Redação MultiCiência