Noite Negra procura refletir a situação do negro e as contradições da data do 13 de maio

. 12 maio 2008
Refletir sobre a história e a cultura afro–brasileira por meio de palestras e atrações artísticas. Este é o objetivo da I Noite Negra, que se propõe a debater o 13 de maio – promulgação da Lei Áurea - e o 20 de novembro – dia da Consciência Negra. O evento acontece amanhã (13/05), no Departamento de Ciências Humanas (DCH III), da Universidade do Estado da Bahia, a partir das 18horas.

Os organizadores do evento querem discutir junto a sociedade as reais circunstâncias, que levaram ao decreto da Lei Áurea, desmitificar a idéia que a libertação dos negros se deveu ao beneplácito da nobreza, excluindo a participação dos quilombolas e do contexto socioeconômico da época. Como também destacar a resistência dos africanos a escravatura, fato lembrado no dia 20 de novembro.

Segundo Maria Beatriz, coordenadora do evento, o nome Noite Negra surgiu para contrapor o uso negativo que comumente é dado a essa e há outras expressões similares, que são relacionadas a problemas e períodos difíceis na vida de alguém.

A professora e pesquisadora na área, Ceres Santos, ressalta que é necessário “um novo olhar sobre o passado e o futuro acerca da situação do negro, algo que nunca tinha acontecido”.

A Noite Negra também promoverá a cultura africana, por meio de apresentações musicais, como o Samba de Veio do Rodeadouro, e outras atrações como a exibição do Vídeo: Heróis de Todo Mundo. Também estarão disponíveis stands preparados para a venda de alimentos típicos da cozinha africana e confecção de penteados em tranças.

O evento é organizado pela Coordenação do AFROUNEB Juazeiro, e conta com o apoio da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), da Diretoria Regional de Educação e Cultura -DIREC e da Secretaria de Educação e Desenvolvimento Social de Juazeiro Bahia - SEDS.
Mais informações:
Beatriz Braga/Paulo Soares 74 36115617

Por Ramon Pimentel