Encontro de Rádios Comunitárias do Sertão do São Francisco

. 19 julho 2010
No último final de semana (17 e 18/07), foi realizado o Encontro de Articulação das Rádios Comunitárias Sertão do São Francisco, no Departamento de Ciências e Tecnologias Sociais (DTCS), UNEB, Campus III, com a participação de representantes de rádios comunitárias, sistema de alto-falantes, acadêmicos e militantes dos movimentos pela democratização da comunicação no país.

Durante o encontro, as discussões estiveram voltadas para os temas sustentabilidade, programação e legalização. Os participantes ressaltaram a necessidade de elaborar projetos para concorrer a editais a fim de garantir infraestrutra e capacitação da equipe das RadComs, bem como filtrar os tipos de músicas divulgadas no sentido de despertar o senso crítico das comunidades. Eles destacaram ainda a importância de pressionar o governo a mudar a lei 9.612/98, que regulamenta o funcionamento das rádios comunitárias, limitando seu alcance a 1 km. “Criada para não ser cumprida pela sua incoerência”, afirmou a palestrante Fernanda Castro, representante do Coletivo Intervozes, atuante na luta pela Democratização da Mídia.


A Jornalista em Multimeios, Érica Daiane, também apresentou os resultados do diagnóstico feito pelo projeto de extensão Comunicação Comunitária no Território Sertão do São Francisco, destacando a importância de formar politicamente as comunidades por meio de oficinas e troca de experiências, o que levaria a uma maior participação das famílias rurais na organização das RadComs.

Integrantes da sociedade civil organizada de diversos setores, como Comissões Pastorais, rede ABRAÇO de Rádios Comunitárias, Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), relataram experiências de sucesso, casos de repressão e alternativas de sustentabilidade. No último dia de encontro, integrantes do Colegiado do Fórum de Desenvolvimento Rural Sustentável do Território apresentaram a importância das RadComs, destacando a experiência do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA), com o programa Viva Bem no Sertão, voltado para temáticas contextualizadas ao público do campo com abordagem crítica e plural.

Divulgação-Comunicação IRPAA