Gaiola Pessoal

. 01 outubro 2010

Gaiola Pessoal

A Vida não me deixa viver
Ela me mata todos os dias
E me ressuscita todas as noites
No silêncio da dúvida
E no escuro da inocência
Para me matar novamente
Na incoerência do sim
E na perversidade do não
Ela me isola, me esfola e me degola
recrimina , discrimina e assassina
Me ilumina com luz artificial
Depois me abriga, se faz amiga
Me traz TV a cores e jornal
Um pouco de conforto
Para a minha gaiola pessoal.


Por Ednelma Rozendo

Estudante do Curso de Jornalismo em Multimeios da Universidade do Estado da Bahia