Profissionais discutiram a democratização da comunicação

. 19 outubro 2011
A comunicação na sociedade da informação deve ser tratada como uma política pública de acesso a todos, e não apenas como monopólio. Foi o que discutiram os participantes do Fórum de Comunicação do Sertão do São Francisco, que realizou a II Semana pela Democratização da Comunicação, ontem, na Universidade do Estado da Bahia (UNEB).


A jornalista e representante do Instituto de Mídia Étnica, Juliana Dias, abordou a participação do poder público como uma das principais fontes direta ou indireta de financiamento da mídia, por meio da publicidade. Para ela, a comunicação dita valores, comportamentos, é preciso analisar essa relação, senão a sociedade fica refém dos monopólios.


Além disso, os políticos têm participação direta em emissoras de rádio e televisão. Cerca de 54,24% estão nas mãos de prefeitos; 20,3% com Deputados Estaduais; 17,71% Deputados Federais; Senadores, 7,38%, segundo dados do “Projeto Donos da Mídia”. “É preciso saber o quanto esse monopólio prejudica o cotidiano e o sistema político do país”, esclareceu a jornalista, já que a Constituição recomenda que políticos não podem ser donos, apenas sócios de veículos de comunicação.


O Assessor Especial de Políticas da Secretaria de Comunicação Social da Bahia, Antônio do Carmo defende que cada cidadão deva ser informado sobre seus direitos, interesse do ponto de vista municipal e nacional. Segundo o assessor, como parte da política de descentralização do governo estadual via o Plano Plurianual (PPA), estão previstas, para o próximo ano, verbas orçamentárias para a realização de parcerias com instituições sociais para apoiar sites de caráter regional. Dessa forma, as verbas poderão ser destinadas aos meios que não detém o poder econômico, mas que levam informação para a comunidade.





Por: Karine Nascimento