[T] Sheila
Feitosa
[F] Thaise Rocha
[1] Imagem da
internet
Enquanto
que boa parte das mulheres se preocupam mais em visitar regulamente um médico,
muitos homens ainda resistem em buscar um tratamento, pois são vistos
socialmente, como seres fortes, que nunca reclamam de dores. O problema é que muitos deles sofrem com as consequências
de doenças silenciosas, que poderiam ser evitadas se houvesse prevenção. É o
caso, por exemplo, da varicocele ou varizes do testículo, anomalia que não leva
a morte, mas se não tratada, pode causar infertilidade masculina.


“Na
maioria das vezes, a varicocele não apresenta sintomas, porém existe um grupo
de pacientes que sentem dor testicular, que piora quando o indivíduo passa
muito tempo em pé e alivia quando este deita” explica Ortiz.
A
doença pode ser percebida
em três estágios: O primeiro grau, varicocele em estado imperceptível, visível
apenas em exames de imagens; O segundo grau, no qual o paciente passa a sentir
leves dores e sensação de peso, na bolsa escrotal, ao fazer alguma atividade
que exija maior esforço físico; Terceiro grau, em que a anomalia se encontra em
um estado bastante avançado, perceptível ao olho nu.
O urologista explica que a varicocele não é
considerada uma doença grave, porém se não tratada, pode causar infertilidade
masculina. Ele alerta também que não existe remédio para a anomalia e sim
tratamento, que acontece por meio de uma cirurgia. “O ato cirúrgico é simples e
tranquilo. Este visa ligar as veias que causam desconforto no testículo. Ela
demora em torno de 20 minutos para ser realizada, e o paciente precisa ter um
repouso de até 15 dias. Geralmente a cirurgia é indicada para pacientes que
apresentam dor, infertilidade e sinais de atrofia no testículo” diz o médico.
Convivendo
com a Varicocele
O
estudante Claudio Silva* descobriu
que tinha varicocele durante a adolescência, quando percebeu pequenas
alterações na região do testículo. Ele relata que naquela época, estava
vivenciando a puberdade, conhecendo aos poucos as modificações que o seu corpo
estava sofrendo e não associou de imediato, essa mudança a nenhum tipo de
doença. “Aos 14 anos, não sabia se aquilo era algo normal ou não, pois não
sentia dor e nem era algo perceptível a olho nu, apenas no toque. Com o passar
do tempo, percebi que as veias passaram a dilatar e foi então que notei que
aquela alteração não era natural”, relatou.
Claudio conta que depois de
algum tempo, observou que as veias do testículo estavam mais visíveis. Notou
também que ao fazer alguma atividade que exigia esforço físico, sentia um
pequeno desconforto na região. Então, passou a se preocupar, pois temia ser uma
doença mais grave. No entanto, resistiu na hora de buscar o tratamento porque
tinha medo de se expor.
Só
hoje, aos 22 anos que o jovem buscou orientação médica com o próprio primo que
é clínico geral. Ele o orientou que fizesse uma ultrassonografia inter escrotal
para ter certeza se realmente era varicocele.
O
rapaz relata que se arrepende de não ter procurado tratamento imediatamente e alerta: “maior que o medo de se expor, é o risco de ficar
infértil. Passei muito tempo convivendo com a varicocele, temendo o
diagnostico. Confirmada a doença, agora só tenho que aguardar a cirurgia que
está marcada para o mês de julho. Hoje estou mais tranquilo, pois sei que é um
procedimento simples, que evitará transtornos maiores” finalizou Claudio.
*
O personagem teve o nome trocado para preservar sua identidade.