Lixo Eletrônico cresce em todo o país

. 10 junho 2013
                                                                      


Você sabia que os carros modernos são considerados lixo eletrônico? Segundo o professor do curso de engenharia da computação da Universidade Federal do Vale do São Francisco, Fábio Nelson, é todo equipamento eletrônico como os computadores, mp3 players, televisores, pilhas, baterias de celulares, todos esses materiais são considerados lixo eletrônico.  As pessoas costumam associar lixo eletrônico somente a aparelhos da informática, mas até mesmo os carros atuais estão sendo fabricados com um processador que contém a parte eletrônica.

Com o aumento de novas tecnologias, cresce a busca por novos aparelhos eletrônicos, e as pessoas acabam descartando os antigos de maneira incorreta, sem saber que essa ação pode causar danos tanto para o meio ambiente como para a saúde pública.  Um exemplo disso são os monitores mais antigos, os que contêm tubo de raios catódicos. Nele há presença de metais pesados como o chumbo, cádmio e mercúrio, e ao ser descartado de maneira inapropriada, se degrada resultando no escape desses metais que entram em contato com a natureza e se tornam uma ameaça para a população. Segundo os dados revelados pela Organização das Nações Unidas, ONU, o lixo eletrônico em todo o planeta cresce aproximadamente 40 milhões de toneladas por ano.


A quantidade de lixo eletrônico é a que mais cresce no mundo.O Brasil é um dos países campeões na produção desses resíduos.A Lei n° 12.305/10, intitulada Política Nacional de Resíduos Sólidos enquadra a problemática lixo eletrônico e propõe a gestão correta e adequada desse tipo de detrito.Como diretrizes principais da lei, têm-se o gerenciamento dos resíduos, desde a coleta até o tratamento e destinação de acordo com as normas ambientais. Logística reversa que visa o reaproveitamento de materiais, os restituindo à empresa fabricante. E reciclagem de uma maneira geral, que requer sua prática através de responsabilidade compartilhada por parte de importadores, distribuidores, comerciantes, e cidadãos.

 “As pessoas geralmente compram um ou dois celulares novos e os antigos eles descartam. O problema é esse descarte, como eles jogam fora esse celular? A maioria joga no lixo comum.” Diz o Professor Fábio Nelson. Na composição de pilhas e baterias existe uma grande quantidade de metais prejudiciais à saúde que pode causar até câncer.  Mas onde jogá-los?  Na cidade de Juazeiro, as lojas de telefonia móvel trabalham com o projeto de caixas para descarte de celulares, tanto o aparelho completo, ou somente a bateria. As próprias operadoras são responsáveis pelo recolhimento e reciclagem desses aparelhos.

Segundo o vendedor Pedro Manoel, as pessoas não utilizam tanto o descarte nas lojas porque esses aparelhos acabam passando para um familiar ou para um amigo mais próximo, e passa a realizar a troca somente em casos como roubo ou quando o celular não funciona mais. No Brasil atualmente existem mais aparelhos celulares do que pessoas, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) estão registrados 202,94 milhões. Algumas pessoas trocam os aparelhos com bastante rapidez e sem o conhecimento de como descartá-los. A estudante Rafaela Rodrigues, conta que já teve 15 celulares. “O que falta é a divulgação, pois as pessoas precisam descartar o celular mas não sabem se tem, nem aonde colocar e acaba colocando com o lixo comum”, comenta.

Para o professor Fábio Nelson “A forma ideal de descartar é procurar um local que receba esse equipamento, até porque, eles podem ainda estar funcionando ou peças deles ainda podem ser transformadas e reutilizadas na elaboração de outros eletrônicos.” Então como uma forma de evitar os riscos que esse tipo de lixo trás para a saúde pública e o meio ambiente, é recomendado  descartar esses equipamentos de maneira adequada, separando e levando para lugares que realizem um trabalho de reciclagem e reaproveitamentos dessas partes.

                                                                                                 Texto: Tauane Santana e Thaise Rocha
                                                                                                 Foto: Tauane Santana