Conferência debateu temas focados no desenvolvimento sustentável

. 07 junho 2014
A Conferência Meio Ambiente e Governança Pública promovida pelo Centro de Agroecologia, Energias Renováveis e Desenvolvimento Sustentável (Caerdes) do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais da Universidade do Estado da Bahia, encerrou-se na última sexta-feira (6) em Juazeiro, culminando com a semana Mundial do Meio Ambiente. O encontro tratou de temas relacionados ao desenvolvimento sustentável, bem como os marcos legais que garantam a proteção ambiental e seus desdobramentos no Semiárido brasileiro e no Vale do São Francisco.

Durante três dias, foi discutida a interface entre sociedade, economia e natureza e como os envolvidos nesse processo podem contribuir com a garantia de vida digna a todas as pessoas, administrando e conservando os recursos naturais e de como produzir alimentos sem agrotóxicos. O coordenador do evento e professor da Uneb, Jairton Fraga Araújo, que realizou uma das palestras, disse que é preciso ‘esverdear’ o planeta e que isso, em outras palavras, significa produzir com baixo carbono.

“Não podemos continuar com essas tecnologias que são cada vez mais agressivas, como a dos agrotóxicos na agricultura.  Já está comprovado que grande parte do aparecimento de casos de câncer não tem origem genética e que são fatores ambientais de exposição a elementos carcinogênicos, como por exemplo, os agrotóxicos, que causam essa doença. Precisamos repensar essa forma de produção”, alertou o professor Jairton.

A Conferência Meio Ambiente e Governança Pública é uma atividade integrante do projeto extensionista Estratégias de Acesso Social à Legislação Agroambiental, como Mecanismo de Proteção aos Bens de Uso Comum, desenvolvido pelo Caerdes. A pró-reitora de Extensão da Uneb, professora Marta Valéria Almeida, que participou do evento, falou que discussões que tratem de questões ambientais são de relevância fundamental para a sobrevivência da humanidade.

Governança 

Professor do curso de Direito da Uneb, Ivanildo Almeida Lima, que também coordena o projeto de extensão, explicou que a perspectiva desse trabalho é desmistificar a linguagem técnica para que a população tenha clareza de quais os normativos que regulam a questão relacionada ao meio ambiente. “Esse projeto visa fazer com que a academia e a comunidade interajam e que a sociedade tenha a ideia de pertencimento daquilo que está sendo discutido aqui”, acrescentou.

A estudante do curso de Direito da Uneb,  Mariana Eva,  se interessa pelo tema argumentou que esse evento é a prova de que dois cursos (Direito e Agronomia), tidos como distintos e diversos, podem sim se unir em prol do conhecimento. “Vejo nesse evento o casamento perfeito de dois cursos que antes estavam distantes, mas que agora, conscientes de seu papel social e de que a Universidade tem que transpor os seus muros, resolveram unir-se, capacitar-se, e trazer a comunidade para uma conversa de extrema importância”, avaliou.

Debate mobilizou a comunidade acadêmica
“Estratégias de Acesso Social à Legislação Agroambiental, como Mecanismo de Proteção aos Bens de Uso Comum” é um projeto coordenado pelo professor do mesmo departamento Jairton Fraga. A iniciativa, além de integrar estudantes de Agronomia e Direito, leva à comunidade, em uma linguagem simples, palestras educativas com o intuito de tornar acessíveis temas como a Lei de Crimes Ambientais; Lei dos Agrotóxicos; e Política Nacional do Meio Ambiente.

Para o estudante de Engenharia Agronômica da Uneb e integrante do projeto, Saullo Melo, a realização do evento é importante, principalmente, pelo caráter interdisciplinar. “Como aluno de Agronomia passei a aprofundar os estudos sobre a legislação ambiental. Nossa atividade no projeto é de compartilhar esse conhecimento de uma forma acessível não só para o meio acadêmico, mas para a população como um todo. E esse evento é uma das funções dessas ações”, concluiu Saullo.    

# Com informações do Núcleo de Assessoria de Comunicação/DTCS/UNEB
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