Curso de Jornalismo em Multimeios será representado em Congresso da Abraji

. 10 junho 2014
O curso de Comunicação Social Jornalismo em Multimeios da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), campus de Juazeiro (BA), será  um dos destaques do 9º Congresso de Jornalismo Investigativo, organizado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo(Abraji), através do Trabalho de Conclusão de Curso da recém-graduada Helen Sampaio ‘Vestígios Ocultos: Mulheres na Prisão’, apresentado na instituição em dezembro passado.

Helen Sampaio durante a defesa do TCC, na UNEB
Além desse trabalho foram selecionados mais três: “Cura Gay”: Há quase 30 anos, a medicina brasileira tomava uma decisão pioneira que livrou os homossexuais do estigma de doentes (Alexandre DallAra - ECA/USP),  A saga xavante e os (des)caminhos da reportagem: simbolismos culturais na luta pela terra indígena(Dandara Morais e Sckarleth Alves Martins–UFMT) e Tapete de Chumbo: A história silenciada da cidade brasileira com a maior contaminação por chumbo do mundo (Marcelo Pellegrini - ECA-USP).

Helen Sampaio soube da seleção através da página da Abraji no facebook e despertou o interesse em inscrever seu projeto graças a sua paixão pelo horizonte do jornalismo investigativo. “Queria participar de um Congresso desses promovido pela Abraji, mas a inscrição nesse tipo de evento é sempre muito cara e as edições só acontecem no Rio de Janeiro ou em São Paulo, então teria outro gasto com a viagem. Quando soube que recém-formados teriam a chance de apresentar seus trabalhos de conclusão de curso nesse evento, ganhando a inscrição e ainda um ano de associado à Abraji, não pensei duas vezes e enviei o material”, conta Helen.

"Vestígios ocultos: Mulheres na prisão" é um livro-reportagem perfil que traz as histórias de vida de seis mulheres presas no Conjunto Penal de Juazeiro (BA). Os perfis são intercalados por capítulos que abordam temas relacionados ao ambiente prisional, entre eles, a convivência entre as presas, a ressocialização, a sexualidade, a religião e o tráfico de drogas, crime cometido por todas as mulheres entrevistadas. O trabalho foi desenvolvido durante cerca de quatro meses e meio, divididos entre a pesquisa inicial, obtenção de autorizações, leitura do material referente à fundamentação teórica e entrevistas.

No livro, os nomes das presidiárias são preservados, sendo substituídos por nomes de flores.  O trabalho de conclusão de curso foi orientado pelo professor João José Borges e apresentado em dezembro passado. Para Helen, sua participação no Congresso já começa a provocar uma série de expectativas por causa do foco do evento e da presença de grandes profissionais da imprensa que vão estar de olhos voltados para o que tem sido produzido no campo do jornalismo investigativo. 

“Só pelo TCC ter sido selecionado já vale muito por se tratar de um trabalho feito com muito carinho. É uma sensação maravilhosa de dever cumprido. Com essa apresentação, levarei o nome da UNEB e mostrarei um pouco do jornalismo que fazemos por aqui, evidenciando que temos condições e capacidade de fazer excelentes trabalhos nessa área e de conseguir destaque com nossas produções”, completou Helen.


Da Redação Multiciência