Oficinas de música deram o tom no 3º Festival Internacional da Sanfona

. 20 julho 2015

O 3º Festival da Sanfona terminou com sucesso de público e eventos paralelos no final de semana em Juazeiro(BA). Um dos destaques da programação foram as oficinas realizadas em vários pontos incluindo também a vizinha Petrolina(PE), onde o Sesc  local recebeu o workshop Música de Câmara, ministrado pelo Quinteto Persh de Porto Alegre (RS).
O QuintetoPersh, que há 16 anos trabalha com o objetivo de difundir o acordeon através da música de câmara, apresentou aos participantes do Workshopa Milonga. Segundo Adriano Persch, integrante do quinteto, este é um gênero originário da região sul de alguns países da América do Sul e seu surgimento está ligado ao violão e ao folclore dessa região. “Há milongas que são mais dançantes, outras mais lentas onde é utilizado o improviso através de versos” explica.
Para Adriano, a milonga é algo muito grande, não em termo de proporções, mas no sentido de abrangência cultural. Milongas para as Missões foi à música escolhida para ser trabalhada com os participantes que destrincharam nota por nota com o auxílio dos integrantes do quinteto. Para o sanfoneiro Lucas Marcos, que veio de Teresina (PI) com um grupo de amigos, a experiência foi enriquecedora.
“Nós já trabalhamos com música e conhecer a forma como eles trabalham, como a música está rolando no mundo é um crescimento grande” disse o jovem. A musicista Gina Mues, da Alemanha, conta que está viajando a América do sul para aprender novos ritmos musicais. Gina afirma que no Brasil os estilos são bem diferentes. “Gostei muito, não conhecia a milonga e agora busco um professor de forró” completa Mues.

Ao final das atividades, professores e alunos tocaram juntos com se fizessem parte do mesmo grupo musical. “Conseguimos em pouco tempo com que cada um contribuísse com sua bagagem que foi inserida dentro do contexto de grupo e nasceu então a interpretação dessa música” acrescentou Adriano Persh.


Por Taiza Felisberto