Discussões que
retratam a convivência com o semiárido marcaram a manhã desta quinta-feira
(04/10), durante o VIII Workshop WECSAB, no Departamento de Ciências Humanas-DCH, da
Universidade do Estado da Bahia (UNEB), campus
III, em Juazeiro-BA. Educação,
cultura e semiárido foram alguns dos temas apresentados nos Grupos de Trabalhos
– GTs, no período de 8h às 10h,
reunindo pesquisadores, profissionais e estudantes.
Em seguida, no auditório Multimídia, de 10h15min às 12h, foram ministradas Sessões Coordenadas, que discutiram os desafios da educação contextualizada. A Sessão “Projetos Reflexões”, coordenada pelo professor Edmerson dos Santos Reis e pelas professoras Francisca de Assis de Sá e Edilane Carvalho Teles, trouxe os resultados das Pesquisas desenvolvidas nos Projetos de Extensão, Iniciação Científica e Mestrado, do DCH III.
Em seguida, no auditório Multimídia, de 10h15min às 12h, foram ministradas Sessões Coordenadas, que discutiram os desafios da educação contextualizada. A Sessão “Projetos Reflexões”, coordenada pelo professor Edmerson dos Santos Reis e pelas professoras Francisca de Assis de Sá e Edilane Carvalho Teles, trouxe os resultados das Pesquisas desenvolvidas nos Projetos de Extensão, Iniciação Científica e Mestrado, do DCH III.
A socialização das produções ajuda na promoção das reflexões a respeito da visão equivocada do semiárido,
dos estereótipos e apresenta possibilidade de uma educação contextualizada que
contribua para formação na forma de perceber e reconhecer o
semiárido.
Pesquisadores da área de Educação
Contextualizada com o Semiárido Brasileiro compreendem que a construção da
realidade do semiárido, existente há anos, transmite a ideia de nordeste
brasileiro em detrimento da singularidade do semiárido, utilizando a ideia de
seca como algo que fortalece os projetos das elites.
O colaborador Edmerson dos Santos Reis afirma que "essa ideia foi disseminada pela literatura, música, escola, livro
didático e pela imprensa, que construíram uma
imagem negativada do semiárido brasileiro. Não é fácil desconstruir esse
conceito e percepção histórica. Isso está presente nos livros didáticos que temos
acesso, reportando um semiárido como um lugar de miséria e de impossibilidade.
O pesquisador destaca que as pesquisas promovem discussão acerca dessas mentalidades, que vão incidir na mudança das
concepções que se constroem. "Quando realizamos um workshop, a gente
está discutindo na pesquisa, nas experiências concretas como é que essa ação na
escola, na universidade, vem sendo desconstruída. Quais são os caminhos
possíveis de construir uma nova concepção por nós, e não como foi feita até
então por outros falando por nós”.
Eventos como o Workshop permitem reavaliar as
políticas de comunicação na divulgação do semiárido. As reportagens que transmitem a ideia de seca no semiárido brasileiro
comumente trazem elementos caracterizados por chão rachado, música fúnebre,
imagens de animais mortos, estereotipando a realidade do semiárido, criando um
cenário de miséria e negatividade. O desafio de iniciativas como o WECSAB é
reformular o pensamento das compreensões construídas em torno do semiárido
brasileiro, a partir do próprio local de realização do evento, como o município de Juazeiro-BA.
TEXTO: Camila Santana/ Lidiane Ribeiro
FOTOS: Patricia Rodrigues