O Catar é um país
asiático, situado na região do Oriente Médio com um recente desenvolvimento
gerado pelos recursos decorrentes da exploração de petróleo, mas o país só ficou
mais conhecido depois de ser anunciado como sede da copa do mundo de 2022. A
apresentação de abertura da copa – que acontece sempre antes do primeiro jogo
do campeonato – trouxe personalidades importantes na luta dos direitos humanos,
como o ator Morgan Freeman e o ativista catari Ghanim Al Muftah, cujo tema
principal da conversa compartilhada com expectadores de todos os países foi a
inclusão. A música “The Dreamers” (canção oficial da copa) foi performada
pelo cantor sul-coreano, Jung Kook – integrante da banda BTS – e o cantor
catari Fahad Al Kubaisi – embaixador oficial da copa, apresentações e festejos
como essas, demonstram como a Copa do Mundo pode ser um momento de construção
de vínculos entre culturas diferentes.
![]() |
Foto porElsa/Getty Images |
Mas até que ponto essa
Copa pode significar o respeito à diversidade entre culturas? O Catar tem como
o islamismo a religião principal do país, os direitos trabalhistas não são
respeitados. Segundo o jornal britânico The Guardian, mais de
seis mil pessoas morreram durante as construções das estruturas da copa do mundo
no Catar. Também não é respeitada à orientação de gênero e/ou sexualidade, o próprio embaixador do país, Khalid Salman, afirmou
que a homossexualidade é um “dano moral”. Os direitos humanos não são
plenamente respeitados, muito menos os das mulheres, mesmo sendo a primeira
copa do mundo com a arbitragem feminina, como a assistente de arbitragem
brasileira, Neuza Back e a arbitra japonesa, Yoshimi Yamashita).
Os discursos de
inclusão, respeito e liberdade parecem uma fumaça para esconder tudo o que
acontece na realidade do país. Uma imagem manchada por todas as suas controvérsias,
transformando a Copa um pouco mais chata, deprimente e nos traz uma reflexão:
qual é a real intenção da FIFA sobre a imagem do futebol?
João Pedro Tínel, estudante do curso de graduação em Jornalismo em Multimeios na Universidade do Estado da Bahia (UNEB)