A comunicação popular se tornou uma das ferramentas de afirmação de território e de desconstrução de narrativas preconceituosas contra a área rural e do interior. Hoje, com acesso às redes sociais, jovens, adultos e idosos buscam formação para mudar esse cenário e melhorarem o fluxo da comunicação nas comunidades.
Para ajudar a transformar e projetar vozes da juventude popular, a técnica de comunicação do Pró-Semiárido Aline Queiroz apresentou projetos de educomunicação e formação de comunicadores como programação do minicurso Mídias Sociais e Participação Política, ministrado pela professora Rosane Santana. A comunicadora explica que “fazer comunicação é fazer costura”, como um meio de fornecer informações contextualizadas que se entrelaçam com as necessidades de cada sociedade.
A roda de conversa “Trajetórias de Comunicação Inclusiva e Popular no âmbito do Pró-Semiárido: Estratégias de participação e diálogo com o Público” expôs os trabalhos dos projetos Pró-Semiárido e Jovens Comunicadores.Aline ainda aponta que a comunicação precisa sempre incluir jovens para manter a continuidade dos projetos. Os jovens comunicadores ensinam a adultos e adolescentes de regiões menos favorecidas práticas e estratégias comunicativas e jornalísticas para criar uma “comunicação desconstruída e de dentro para fora”.
Além disso, Aline explica que o projeto segue uma lógica de
comunicação não-difusionista e agroecológica, de narrativas de conexões reais,
feito com, para e de parceria entre as pessoas. “A educomunicação e a
comunicação popular são feitas em rede, então usamos técnicas e estratégias
para incluir as pessoas em áreas rurais e menos desenvolvidas no processo de
desconstrução de preconceitos e construção de narrativas”.
Aline Queiroz, Técnica de Comunicação do Pró-Semiárido. Foto: Matheus Navais |