O levantamento indica que de 56,1% da população negra ocupada, apenas 33,7% dos negros ocupam cargos altos como direção e gerência. Isso demonstra como a população negra ainda enfrenta desafios estruturais que afetam suas oportunidades de emprego e crescimento profissional. Por outro lado 46% dos trabalhadores negros estão em trabalhos sem nenhum tipo de proteção.
Foto:Infográfico mostra a desigualdade racial e social no mercado de trabalho/ DIEESE |
A pesquisa indica ainda que as taxas de desemprego entre os negros são mais altas em comparação com a população branca, já que 65,1% dos desempregados do país são de cor negra. Este cenário acontece também entre as mulheres negras, no qual a taxa está de 11,7%. Mesmo quando há melhorias econômicas gerais, a disparidade é evidente, de oportunidades de emprego até a falta de promoções e reconhecimento no trabalho.
Diferenças Salariais
Além disso, os salários dos trabalhadores negros costumam ser inferiores aos de seus colegas brancos com a mesma qualificação e experiência. Estudos indicam que, em média, pessoas negras recebem 32,9% menos às pessoas brancas, o que contribui para a perpetuação das desigualdades sociais e econômicas.
Diante desse quadro, especialistas enfatizam a importância de políticas públicas e empresariais voltadas para a promoção da igualdade racial no mercado de trabalho. Iniciativas que visem combater o preconceito, garantir igualdade de oportunidades e promover a diversidade nas empresas são fundamentais para mudar esse panorama.
O estudo do DIEESE conclui que a desigualdade enfrentada pela população negra no mercado de trabalho é uma questão complexa e multifacetada. A criação de políticas inclusivas, o combate à discriminação e o fortalecimento do acesso igualitário à educação são passos fundamentais para construir um ambiente de trabalho mais justo e equitativo para todos.
Redação de Tulio de Oliveira, monitor bolsista do MultiCiência