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| Foto: arquivo pessoal | Renata Freitas |
Renata Freitas cresceu entre sotaques, paisagens e culturas diferentes. Nascida em Recife, Pernambuco, em 1973, ainda adolescente, aos 16 anos, atravessou fronteiras e morou por um período nos Estados Unidos, onde fez o High School ou ensino médio. Foi nesse período que duas disciplinas mudaram sua vida: Jornalismo e Fotografia. O encantamento pelo poder das palavras e das imagens despertou nela a certeza de que queria transformar comunicação em profissão e projeto de vida.
Para ela, a comunicação nunca esteve restrita às redações e assessorias, foi também forma de conexão, ponte entre diferentes realidades e territórios. Renata construiu sua trajetória marcada pela mobilidade, já viveu no Maranhão, Piauí, Ceará, São Paulo e, em cada lugar, guardou histórias que moldaram sua forma de ver o mundo.
Ao longo da carreira, Renata foi desenhando uma trajetória que atravessa redações, salas de aula e espaços de comunicação institucional. Hoje, apresenta-se como jornalista da Assessoria de Comunicação Social da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), onde também coordena a equipe responsável por dar visibilidade às ações da instituição.
Atualmente, graduada em Jornalismo pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em 1997, e tornou-se mestre em Extensão Rural, em 2019, pela Universidade Federal Vale São Francisco (Univasf), Renata reúne experiências que passam por diferentes áreas do fazer comunicacional, da docência ao jornalismo público, da escrita cotidiana à gestão de equipes.
Jornalista formada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em 1997, e mestre em Extensão Rural pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em 2019, Renata reúne experiências que passam por diferentes áreas do fazer comunicacional, da docência ao jornalismo público, da escrita cotidiana à gestão de equipes.
Fora do trabalho, Renata cultiva prazeres simples que revelam sua face mais íntima, os passeios ao ar livre com a família, os com amigas para um café, os livros sempre à mão e as viagens que alimentam a curiosidade pelo novo. Cada detalhe costura uma vida que transita entre a intensidade profissional e os afetos cotidianos.![]() |
| Foto:
arquivo pessoal | Renata Freitas no período que estava como docente da UNEB. |
Sua entrada no projeto Multiciência aconteceu em um desses momentos de transição que costumam marcar seus caminhos. Enquanto atuava como professora substituta no curso de Jornalismo em Multimeios da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), assumiu a coordenação do projeto após o afastamento para doutorado da professora Andréa Cristiana Santos. A experiência, nascida quase por acaso, revelou-se um ponto de virada. Entre desafios e descobertas, Renata passou a conduzir um projeto que unia jornalismo, ciência e formação humana.
O início foi marcado pela escassez de recursos, mas também pela potência da colaboração. As pautas eram apuradas com os próprios meios dos estudantes, que se reinventavam para transformar ideias em narrativas. “A prática é essencial para a formação do estudante”, costuma afirmar, uma crença que atravessa toda a sua trajetória. Foi nesse contexto que aprendeu a valorizar a criatividade diante das limitações e o compromisso coletivo de fazer jornalismo mesmo quando as condições não eram ideais.
Entre as memórias desse período,
Renata destaca a divulgação do projeto de extensão F-Carranca, da Univasf, uma
pauta que simboliza a essência do Multiciência, tornar visível o conhecimento
que brota do sertão e dar voz à ciência feita com o pé no chão. Mais do que uma
agência de notícias, o projeto se afirmava como um exercício de aproximação
entre universidade e comunidade, entre saberes técnicos e experiências de vida.
“A ciência e o conhecimento científico são a base de tudo que fazemos na universidade, especialmente nas instituições públicas, e a comunicação reflete isso. Sempre tive interesse em estar em um ambiente que me possibilitasse estar próxima ao conhecimento e que facilitasse estar em constante aprendizado e compartilhando informações e experiências. A Universidade é o melhor lugar para isso.” Renata Freitas
Essa vivência, que uniu ensino, extensão e jornalismo, ainda reverbera em sua prática atual. Renata reconhece que a passagem pela Uneb e pela docência deixaram marcas profundas, especialmente o prazer de acompanhar o crescimento de quem está começando. “Descobri naquela época que existe uma professora que irá habitar dentro de mim por toda a vida”, revela com ternura. Hoje, à frente da Ascom da Univasf, carrega essa mesma vocação, a de mediar histórias, orientar pessoas e cultivar a comunicação como espaço de aprendizagem constante.
Entre coordenar um projeto extensionista e gerir uma equipe de comunicação, Renata vê mais pontes do que diferenças. Ambos exigem sensibilidade, escuta e compromisso com o conhecimento público. No fundo, o que a move é o desejo de traduzir a ciência em linguagem humana, de tornar compreensível o que transforma o cotidiano das pessoas.
A Multiciência aparece como um entre
passado e presente, entre a professora que orientava estudantes curiosos e a
jornalista que hoje coordena uma assessoria dedicada à comunicação científica.
E é por isso que, ao olhar para trás, ela reconhece nessa Agência um marco
afetivo e formador de uma travessia que ensinou que comunicar ciência é,
também, comunicar-se com cuidado.

