Representantes
dos setores da sociedade civil organizada, empresarial, poder público e
universidades participaram da V Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e
Inovação – Etapa Macroterritorial, realizada na Universidade do Estado da
Bahia, em Juazeiro, e organizada pela SECTI. A finalidade foi formular propostas para definir os rumos
da ciência, tecnologia e inovação do estado, orientar a Estratégia Nacional de
Ciência, Tecnologia e Inovação – ENCTI 2025-2035, que será elaborada por todos
os segmentos do país de 4 a 6 de junho.
Foto: Ana Clara Silva |
Cerca de 80 participantes se reuniram para discutir reformular os documentos elaborados na 4ª CECTI, ocorrida em 2019, divididos nos eixos: recuperação, expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação; reindustrialização em novas bases e apoio à inovação nas empresas; ciência, tecnologia e inovação para programas e projetos estratégicos nacionais; e ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento social. Na etapa macroterritorial, foram escolhidos os representantes de cada eixo para contribuírem à conferência estadual, a ser realizada em Salvador, em 4 a 5 abril.
Além disso, foi apresentado o programa Bahia + Inovadora,
criado pela SECTI e vinculado a Fundação de Amparo À Pesquisa Da Bahia
(Fapesb), que busca estabelecer fomento financeiro ao interior do estado, para
que as ações voltadas às CT&I ́s sejam criadas.
“O Bahia + Inovadora é um conjunto de iniciativas que se
baseia em dois pilares: a descentralização dos investimentos públicos em CTI, e
o desenvolvimento social, econômico e sustentável, em regiões como no Recôncavo, Sertão São Francisco, Chapada Diamantina,
por meio de parques tecnológicos, centros de inovação, Instituto de ciências e
os espaços colaborar”, destaca Sócrates Santana, coordenado de Assuntos
Estratégicos da SECTI.
Foto: Ana Clara Silva |
O coordenador destaca que, para que
haja o fortalecimento do ecossistema de inovação, é preciso que o programa de
conectividade do estado seja acessível para todos. “O Bahia + Inovadora
busca agir nas bases, como através do programa de conectividade, que concede
internet gratuita a todas as cidades, e também às universidades públicas e
escolas da educação básica”, pontua.
Quanto à formação para utilizar essas tecnologias e buscar um sistema de CTI’s mais estruturado e com profissionais aptos a atuar no segmento, Sócrates reforçou a importância da formação, por meio de cursos de capacitação em tecnologia, Inteligência artificial, economia circular e verde. Os cursos, disponíveis no site da SECTI, podem ser feitos por todo o público, não restrito somente aos estudantes, professores e pesquisadores.
Para o professor da Uneb, Josemar Martins, coordenador do eixo recuperação, expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, é necessário refletir sobre as implicações e problemas à efetivação das propostas de CTI’s, que vão desde combater as desigualdades sociais, não permitindo que todos acessem e aprendam, à falta de internet de qualidade, equipamentos e softwares necessários.
Foto: Levi Varjão |
O professor destaca que é preciso
pensar o alcance e impacto da sociedade 5.0, se de fato o país se
encontra nesse estado, quando direitos básicos muitas vezes não são garantidos.
Ele alerta ainda que as tecnologias devem surgir e serem
usadas para atividades concretas, que de fato facilitem a vida – os problemas
diários –, e não somente sejam sobre uso de telas.
As Conferências Macroterritoriais da Bahia seguem, nos territórios de identidade, até o dia 5 de abril, quando acontecerá a estadual, em Salvador. As regionais ocorrem em abril e a nacional em junho, entre os dias 4,5 e 6, em Brasília. Saiba mais: http://www.secti.ba.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=137
Para saber mais das Conferências Regional e Nacional, sigam as redes sociais @sectibahia
Reportagem por Ana Beatriz Menezes, estudante de Jornalismo em Multimeios.